sábado, junho 03, 2023

Suspeito de morte da esposa é preso em cemitério após enterro no PR

Franciele Gusso Rigoni tinha 35 anosImagem: Reprodução/Redes sociais

O marido de Franciele Gusso Rigoni, Adair José Lago, foi preso temporariamente, na tarde desta sexta-feira (02) em um cemitério após o enterro da companheira, por suspeita de envolvimento na morte dela na cidade de Colombo, no Paraná.

O que aconteceu:

 Ao fazer o pedido de prisão temporária que foi aceito pela Justiça, a Polícia Civil alegou "risco de fuga" do suspeito e a possibilidade dele atrapalhar a investigação, segundo o delegado de Polícia Civil Herculano de Abreu, em entrevista ao UOL.

* O que aconteceu: Ao fazer o pedido de prisão temporária que foi aceito pela Justiça, a Polícia Civil alegou "risco de fuga" do suspeito e a possibilidade dele atrapalhar a investigação, segundo o delegado de Polícia Civil Herculano de Abreu, em entrevista ao UOL

* O suspeito foi preso após o velório e sepultamento da mulher no Cemitério Vertical. A Polícia Civil aguarda o resultado da perícia no corpo e segue fazendo diligências para apurar a motivação do crime

* A defesa do suspeito, representada pelo advogado Jefferson Nascimento Silva e Walid Nasser Chybior Zahra, disse que Adair declara ser inocente e não é o responsável pela morte de Franciele.

A princípio, o nosso cliente se declara inocente e assim ele deve ser tratado até que se tenha o deslinde total deste processo. Deixaremos suas contas e celulares à disposição da justiça. Agora vamos aguardar e acompanhar a busca e apreensão na sua residência. Acompanharemos todas as investigações e iremos atrás de provar que nosso cliente não foi o autor do delito.

"Jefferson Nascimento Silva e Walid Nasser Chybior Zahra, advogados de Adair, ao UOL

O crime: 

O corpo de Franciele foi encontrado no banco do passageiro de um carro abandonado na Avenida Papa Calixto 2º, no bairro Jardim Guarani, em Colombo, na tarde da última quarta-feira (31).

* A vítima tinha um ferimento, causado possivelmente por uma arma branca, na cabeça e estava de óculos escuros no momento em que foi achada.

* O marido de Franciele compareceu ao local depois da chegada da polícia e disse que havia saído de casa com a esposa, que havia o deixado em um estabelecimento comercial e saído para ir ao supermercado. A família da vítima também a esperava para um encontro e chegou a ligar para o marido.

* O delegado contou ao UOL que os policiais que encontraram o corpo notaram uma rigidez cadavérica, o que aponta que a morte pode ter corrido muito tempo antes de o corpo ser achado. O celular da vítima não foi localizado.

* Na casa da vítima, havia itens lavados e vestígios de sangue foram encontrados com ajuda da perícia. O sangue estava no sofá, no chão, na parede e na cortina. Uma testemunha contou que no chão onde o sangue foi achado havia um tapete, que não estava no local. Alguém indicou que o item estaria em uma lavanderia com outras peças, mas o tapete não foi encontrado.

* Imagens das câmeras de segurança da residência do casal, obtidas pela polícia, mostram o suspeito dirigindo o veículo com a esposa ao lado, com o banco reclinado e óculos escuros, "exatamente como foi encontrada no local do crime", disse o delegado

''Quando passa por essa câmera [de segurança] ela [Franciele] estava morta, ela está do mesmo jeito que foi encontrada. Os indícios seriam que teria ocorrido o crime dentro da residência e [o suspeito] teria transportado o corpo. Inclusive, o ferimento no corpo da Franciele é mais na parte da nuca, dentro do carro não teria como causar esse ferimento.

"Disse Herculano de Abreu, delegado, em entrevista ao UOL.

Beatriz Gomes
Do UOL, em São Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários são publicados somente depois de avaliados por moderador. Aguarde publicação. Agradecemos a sua opinião.