terça-feira, junho 20, 2023

Seleção perde por 4 a 2 para Senegal e expõe problemas em início de ciclo para Copa de 2026



No jogo mais difícil desde a eliminação na Copa do Mundo do Catar, o Brasil não conseguiu superar a força de Senegal e perdeu o segundo amistoso da Data Fifa de junho, por 4 a 2. Em três partidas sob comando do interino Ramon Menezes em 2023, a seleção havia sido derrotada por Marrocos e venceu Guiné no sábado. Foi a primeira vez que o Brasil levou quatro gols desde o 7 a 1 para a Alemanha.

Após sair à frente no placar com gol de Paquetá, em boa jogada de Vinicius Júnior, a equipe brasileira levou gols de Diallo, contra de Marquinhos e depois Mané duas vezes. Marquinhos também fez a favor e descontou, mas o Brasil não teve organização para virar o jogo novamente. No fim, reclamou de um pênalti, mas Ederson foi quem cometeu penalidade no contra-ataque do lance, e Mané fez mais um. Agora, só volta a jogar nas Eliminatórias, em setembro, não se sabe com que treinador. Ancelotti é esperado em junho de 2024.


— O que passamos ao presidente é que ele defina um norte, um plano, e nós vamos ajudar para fazer dar certo. O Ramon vem crescendo, tem respeito e respaldo aqui na seleção. Caso seja ele que continue, importante os jogadores assumirem a responsabilidade também — disse Danilo.

Conclusões sobre o futuro

Apesar do resultado, foi um bom teste e um jogo para se tirar algumas conclusões sobre a safra que começa a se formar para 2026, e demonstra carências. Em três jogos, foram sete gols sofridos. O protagonismo de Vinicius Júnior fora de campo ainda não se repetiu com a camisa do Brasil.

Insinuante, o jogador do Real Madrid teve personalidade para tentar de tudo, mas errou bastante, e ainda não apresentou o brilho de Neymar, lesionado e fora da seleção desde o Mundial. A assistência para Paquetá foi o lance de destaque. Depois disso, Vini teve excesso de preciosismo em alguns lances e erros de passe até no campo de defesa brasileiro.

Autor do primeiro gol, Paquetá manteve a regularidade, mas também não entregou uma distribuição de jogadas no ataque, diante da forte marcação do adversário. Só no fim do jogo Ramon lançou Raphael Veiga. Richarlison também não recebeu muitas bolas, e quando as recebeu não finalizou bem. Deu lugar a Pedro quando já estava 3 a 1.

Lado esquerdo é ponto-chave

A partida como um todo mostrou um lado esquerdo da seleção muito forte, com Vini e Ayrton Lucas. Entretanto, o setor ficou vulnerável. E Senegal se criou por ali, com jogadas em sequência. Ederson teve boas intervenções. Depois de um bom jogo contra Guiné, Joelinton não repetiu a atuação. E a ausência de Casemiro, com dores no joelho esquerdo, foi muio sentida, deixando a defesa menos protegida com Bruno Guimarães, que não jogou bem.

O Brasil já não tinha Rodrygo, substituído por Malcom. A cara nova no ataque teve boas ações, mas também falhou nas transições defensivas e foi trocado por Rony. A seleção ficou espaçada e tentou apostar em jogadas de velocidade, sem controle das ações.


Senegal, organizado por Mané, cresceu em posse de bola, manteve a boa postura defensiva, e não deu espaço para a seleção brasileira. A entrada de André, do Fluminense, não mudou o cenário. O Brasil se adiantou, tentou furar o bloqueio, mas precisou recorrer às bolas aéreas. Não adiantou. Nos acréscimos a defesa parou e Senegal teve tempo para fechar a goleada .

Extra/RJ

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