O Centro de Pesquisas Clínicas da instituição foi o 2º lugar no Brasil com maior recrutamento de pacientes para estudo que deve mudar a conduta da oncologia
Novas abordagens no tratamento oncológico e terapias no combate ao câncer estiveram no centro dos debates do Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, sigla em inglês), maior e mais importante congresso de oncologia do mundo. Na programação, a apresentação de uma pesquisa que também foi conduzida pelo oncologista clínico e pesquisador Marcelo Salgado, no Centro de Pesquisas Clínicas do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP): o estudo fase III NATALEE, que avalia o uso de ribociclibe, uma medicação adjuvante com o objetivo de aumentar significativamente a taxa de sobrevivência de pacientes com o subtipo mais comum do câncer de mama (Luminal).
O trabalho é um marco para a oncologia no mundo e um avanço histórico no Nordeste diante da atuação do HCP em uma pesquisa de grande impacto e que deve mudar a conduta no tratamento do câncer de mama. O centro de pesquisa da instituição filantrópica foi o 2º lugar com maior recrutamento de pacientes para a pesquisa a nível Brasil dentre os mais de 300 centros em 40 países.
Com o tema “Parceria com os pacientes: o pilar do tratamento e pesquisa do câncer", o congresso teve início no primeiro final de semana de junho, em Chicago, nos Estados Unidos. Para representar o HCP, dr. Marcelo Salgado, esteve presente no evento. Salgado destaca a importância do Centro de Pesquisas Clínicas da instituição filantrópica, que contribui para o desenvolvimento da oncologia de forma global.
“Até os anos de 1990, a participação do Brasil em pesquisas mundiais se concentrava nos centros no Sudeste, mais precisamente São Paulo e Rio de Janeiro. Isso tem mudado de uns anos para cá com a nossa participação e de outros centros. Investir em pesquisa é primordial, pois evidencia nossa busca pelo conhecimento em prol de melhores cuidados para o paciente com câncer”, pontua o especialista Marcelo Salgado.
A pesquisa acolheu 5.101 mulheres, 38 delas foram avaliadas pela Pesquisa Clínica do Hospital de Câncer. Todas as mulheres tinham risco de recidiva para o câncer de mama e foram analisadas por mais de 3 anos fazendo uso da medicação, seja o ribociclibe sozinho ou combinado com outra terapia.
“Quando incluímos pacientes do nosso estado, além de ser eficaz para elas, mostra que essa diretriz pode ser aplicada à nossa população”, diz o especialista.
Sobre o ribociclibe
Ribociclibe é um medicamento utilizado no tratamento do câncer de mama com presença de receptores hormonais positivos e Her 2 negativo, em casos de câncer metastático. A droga funciona como bloqueador da ação de proteínas que promovem o crescimento das células cancerosas e pode ser combinado com outra medicação que ajudam no bloqueio hormonal.
Pesquisa clínica do HCP
O Hospital de Câncer de Pernambuco mantém acordos de cooperação científica com diversas instituições em todo o mundo com o único objetivo de promover o desenvolvimento de pesquisas e a inovação na Oncologia. Essas parcerias envolvem a capacitação, o intercâmbio científico e tecnológico de recursos humanos e a formação de doutores em Oncologia.
HCP – Hospital de Câncer de Pernambuco
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