Armas e munições de grosso calibre apreendido com invasores — Foto: Ibama/Divulgação
Quatro garimpeiros ilegais morreram em troca de tiros com agentes da Polícia Rodoviária Federal e Ibama na Terra Indígena Yanomami, na noite de domingo (30). Fiscais atuavam na região de garimpo conhecido como “Ouro Mil”, dentro do território, quando foram recebidos a tiros pelos invasores. Na ação, até um fuzil foi apreendido no acampamento dos infratores.
"O ataque ocorreu durante tentativa de desembarque da aeronave PRF, quando criminosos, munidos de armamento de grosso calibre, atiraram contra os agentes no intuito de repelir a atividade de repressão ao garimpo ilegal. Os policiais revidaram e atingiram quatro atiradores, que não resistiram aos ferimentos", informou a PRF.
A PRF suspeita que os criminosos são integrantes da facção de São Paulo que age em todo o país, incluindo garimpos ilegais na Terra Yanomami.
O confronto entre os agentes e garimpeiros ocorreu um dia após invasores atirarem em três indígenas Yanomami na comunidade Uxiu - um dos indígenas foi alvejado na cabeça e morreu, os outros dois estão internados na capital Boa Vista.
Armas e munições apreendidas em confronto com morte de garimpeiros na Terra Yanomami — Foto: PRF/Divulgação
No local do confronto, foi apreendido um arsenal de armas, com fuzil, três pistolas, sete espingardas e duas miras holográficas, além de munição de diversos calibres, carregadores e outros equipamentos bélicos.
Esta não foi a primeira vez que agentes federais foram recebidos a tiros por garimpeiros ilegais na Terra Indígena Yanomami. Antes, foram ao menos três atentados contra servidores que atuam no combate ao garimpo no território:
Um no dia 28 de abril, na região do rio Couto de Magalhães, quando o helicóptero em que os agente estavam foi alvejado. Ninguém se feriu e equipamento dos invasores foram destruídos pelo Ibama e PRF.
Dia 14 de março, durante abordagem a garimpeiros na região de Waikás, no Rio Uraricoera, houve troca de tiros de agentes da fiscalização com criminosos. Ninguém ficou ferido. Dois garimpeiros que operavam motores foram detidos.
O primeiro ataque a tiros foi no dia 23 de fevereiro, na base de fiscalização montada na comunidade Palimiú, no rio Uraricoera. Garimpeiros armados furaram o bloqueio e atiraram contra agentes do Ibama. Os fiscais revidaram e um dos invasores foi baleado.
Para a PRF e o Ibama, essas investidas dos criminoso às ações de repressão ao garimpo ocorrem "sempre na tentativa de inibir o trabalho de desintrusão das terras demarcadas".
A ocorrência sobre as quatro mortes dos invasores foi registrada na delegacia da Polícia Federal em Boa Vista, Roraima. Veja a lista de material apreendido:
1 fuzil
3 pistolas
7 espingardas
2 miras holográficas
38 munições
3 carregadores de pistola
2 rádios
4 celulares
1 capa de colete
1 coldre de pistola
1 coldre de revólver
Desde fevereiro, após o governo federal decretar calamidade na saúde Yanomami, uma força-tarefa que inclui o Ibama, PRF, Força Nacional, PF e Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), atua na Terra Indígena Yanomami para retirar garimpeiros que ainda atuam no território em busca de minérios como ouro e cassiterita.
A operação ocorre com foco na destruição de toda estrutura usada pelos garimpeiros e para interromper o envio de suprimentos para o garimpo e o possível escoamento do minério extraído ilegalmente.
A meta é retirar todos os invasores e identificar os financiadores da atividade ilegal que causa destruição sem precedentes ao meio ambiente e à vida dos Yanomami.
Garimpeiros na Terra Yanomami
Alvo há décadas de garimpeiros ilegais, a Terra Yanomami, maior território indígena do Brasil, enfrentou nos últimos o avanço desenfreado da atividade ilegal no território. Em um ano, a devastação chegou a 54%.
O território enfrenta uma das piores crises sanitárias da história em três décadas de demarcação. Devido ao avanço do garimpo ilegal na região, crianças e adultos enfrentam casos severos de desnutrição e malária.
A estimativa é que ao menos 20 mil garimpeiros estejam ilegalmente na Terra Indígena Yanomami. A ação ilícita deles causou uma crise humanitária sem precedentes no território.
Na tentativa de frear e combater o avanço do garimpo, o governo do presidente Lula (PT) deflagrou operação conjunta contra os invasores. Dentro do território, agentes do Ibama, Funai, Força Nacional e PF atuam com ações de enfrentamento, queimando aeronaves e apreendendo materiais de suporte para a vasta logística de garimpeiros.
Enquanto isso, também são feitos atendimentos de saúde aos indígenas doentes. Esses atendimentos ocorrem dentro do território, com equipes que atuam no polo de Surucucu, no Hospital de Campanha, em Boa Vista, e também nos hospitais públicos infantil e adulto, quando os casos se agravam.
Arsenal apreendido no acampamento de garimpeiros onde houve confronto com Ibama e PRF na Terra Yanomami — Foto: PRF/Divulgação
Por g1 RR — Boa Vista
Quatro garimpeiros ilegais morreram em troca de tiros com agentes da Polícia Rodoviária Federal e Ibama na Terra Indígena Yanomami, na noite de domingo (30). Fiscais atuavam na região de garimpo conhecido como “Ouro Mil”, dentro do território, quando foram recebidos a tiros pelos invasores. Na ação, até um fuzil foi apreendido no acampamento dos infratores.
"O ataque ocorreu durante tentativa de desembarque da aeronave PRF, quando criminosos, munidos de armamento de grosso calibre, atiraram contra os agentes no intuito de repelir a atividade de repressão ao garimpo ilegal. Os policiais revidaram e atingiram quatro atiradores, que não resistiram aos ferimentos", informou a PRF.
A PRF suspeita que os criminosos são integrantes da facção de São Paulo que age em todo o país, incluindo garimpos ilegais na Terra Yanomami.
O confronto entre os agentes e garimpeiros ocorreu um dia após invasores atirarem em três indígenas Yanomami na comunidade Uxiu - um dos indígenas foi alvejado na cabeça e morreu, os outros dois estão internados na capital Boa Vista.
Armas e munições apreendidas em confronto com morte de garimpeiros na Terra Yanomami — Foto: PRF/Divulgação
No local do confronto, foi apreendido um arsenal de armas, com fuzil, três pistolas, sete espingardas e duas miras holográficas, além de munição de diversos calibres, carregadores e outros equipamentos bélicos.
Esta não foi a primeira vez que agentes federais foram recebidos a tiros por garimpeiros ilegais na Terra Indígena Yanomami. Antes, foram ao menos três atentados contra servidores que atuam no combate ao garimpo no território:
Um no dia 28 de abril, na região do rio Couto de Magalhães, quando o helicóptero em que os agente estavam foi alvejado. Ninguém se feriu e equipamento dos invasores foram destruídos pelo Ibama e PRF.
Dia 14 de março, durante abordagem a garimpeiros na região de Waikás, no Rio Uraricoera, houve troca de tiros de agentes da fiscalização com criminosos. Ninguém ficou ferido. Dois garimpeiros que operavam motores foram detidos.
O primeiro ataque a tiros foi no dia 23 de fevereiro, na base de fiscalização montada na comunidade Palimiú, no rio Uraricoera. Garimpeiros armados furaram o bloqueio e atiraram contra agentes do Ibama. Os fiscais revidaram e um dos invasores foi baleado.
Para a PRF e o Ibama, essas investidas dos criminoso às ações de repressão ao garimpo ocorrem "sempre na tentativa de inibir o trabalho de desintrusão das terras demarcadas".
A ocorrência sobre as quatro mortes dos invasores foi registrada na delegacia da Polícia Federal em Boa Vista, Roraima. Veja a lista de material apreendido:
1 fuzil
3 pistolas
7 espingardas
2 miras holográficas
38 munições
3 carregadores de pistola
2 rádios
4 celulares
1 capa de colete
1 coldre de pistola
1 coldre de revólver
Desde fevereiro, após o governo federal decretar calamidade na saúde Yanomami, uma força-tarefa que inclui o Ibama, PRF, Força Nacional, PF e Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), atua na Terra Indígena Yanomami para retirar garimpeiros que ainda atuam no território em busca de minérios como ouro e cassiterita.
A operação ocorre com foco na destruição de toda estrutura usada pelos garimpeiros e para interromper o envio de suprimentos para o garimpo e o possível escoamento do minério extraído ilegalmente.
A meta é retirar todos os invasores e identificar os financiadores da atividade ilegal que causa destruição sem precedentes ao meio ambiente e à vida dos Yanomami.
Garimpeiros na Terra Yanomami
Alvo há décadas de garimpeiros ilegais, a Terra Yanomami, maior território indígena do Brasil, enfrentou nos últimos o avanço desenfreado da atividade ilegal no território. Em um ano, a devastação chegou a 54%.
O território enfrenta uma das piores crises sanitárias da história em três décadas de demarcação. Devido ao avanço do garimpo ilegal na região, crianças e adultos enfrentam casos severos de desnutrição e malária.
A estimativa é que ao menos 20 mil garimpeiros estejam ilegalmente na Terra Indígena Yanomami. A ação ilícita deles causou uma crise humanitária sem precedentes no território.
Na tentativa de frear e combater o avanço do garimpo, o governo do presidente Lula (PT) deflagrou operação conjunta contra os invasores. Dentro do território, agentes do Ibama, Funai, Força Nacional e PF atuam com ações de enfrentamento, queimando aeronaves e apreendendo materiais de suporte para a vasta logística de garimpeiros.
Enquanto isso, também são feitos atendimentos de saúde aos indígenas doentes. Esses atendimentos ocorrem dentro do território, com equipes que atuam no polo de Surucucu, no Hospital de Campanha, em Boa Vista, e também nos hospitais públicos infantil e adulto, quando os casos se agravam.
Arsenal apreendido no acampamento de garimpeiros onde houve confronto com Ibama e PRF na Terra Yanomami — Foto: PRF/Divulgação
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