Jogadores de futebol da Série A do Campeonato Brasileiro são apontados como suspeitos de envolvimento em um esquema de manipulação de resultados de partidas. Para cometerem lances que alterassem o rumo dos jogos, como receber cartões ou "cavar" pênaltis, os atletas recebiam de R$ 50 mil a R$ 100 mil. O Ministério Público de Goiás (MPGO) suspeita que, além do Brasileirão do ano passado, o grupo também tenha atuado em cinco competições estaduais, entre eles o Goianão, Gaúchão, Mato-Grossense e Paulistão.
As investigações apontam que a organização criminosa está "concretamente" envolvida em, pelo menos, cinco disputas da primeira divisão de 2022. Um dos alvos de busca e apreensão é o zagueiro Victor Ramos, da Chapecoense, segundo o ge. A segunda parte da Operação Penalidade Máxima II, deflagrada pelo MPGO nesta terça-feira, cumpre três mandados de prisão preventiva em 16 cidades em seis estados.
Zagueiro Victor Ramos é um dos alvos de operação contra manipulação de resultados — Foto: Reprodução/instagram
Em nota, o clube de Chapecó alegou que "reforça o seu apoio e, principalmente, a confiança na integridade profissional do atleta". No entanto, endossou "posicionamento totalmente contrário a qualquer tipo de situação que envolva a manipulação de resultados de jogos". O time destacou ainda que esta prática é antidesportiva e fere "os valores éticos e morais da modalidade". A Chapecoense disse colaborar com as investigações das autoridades.
No mês de fevereiro, a ação resultou na denúncia de 14 pessoas, entre elas oito jogadores profissionais da Série B. Os alvos desta terça-feira atuavam de maneira semelhante ao que era aplicado em confortos da segunda divisão.
Veja imagens da operação que prendeu envolvidos em manipulação de resultados no Brasileirão Série A
Jogadores profissionais cooptados receberiam valores entre R$ 50 mil a R$ 100 mil
Entenda a atuação do grupo
De acordo com o Ministério Público, os atletas cooptados manipulavam os confrontos de diversas maneiras como, por exemplo, forçar punição a determinado jogador por cartão amarelo ou vermelho, cometer penalidade máxima e assegurar o número de escanteios da partida. Garantir a derrota da equipe também era uma das práticas.
Os indícios mostram que as condutas previamente combinadas tinham o objetivo de gerar grandes lucros aos envolvidos em apostas realizadas em sites de casas esportivas. Para isso, eram utilizadas cadastradas em nome de terceiros para aumentar os rendimentos.
O Globo
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