O técnico Vítor Pereira já tem o seu futuro avaliado de maneira imediata e urgente após a derrota acachapante do Flamengo para o Fluminense.
Com uma multa de cerca de R$ 15 milhões a pagar em caso de demissão, a diretoria rubro-negro discute desde a goleada de 4 a 1 o que fazer. A ideia é tentar negociar o valor da indenização.
O técnico já indicou que não tem intenção de fazer um acordo e acredita que ainda pode reverter o quadro, mesmo após cinco disputas de título perdidas.
O vice de futebol Marcos Braz, que assim como o treinador foi hostilizado no Maracanã, não garantiu a permanência do português e afirmou que haverá conversas para rever algumas coisas no trabalho.
Essas conversas já aconteceram. Braz não deixou o estádio com a delegação e se reuniu com o diretor Bruno Spindel para tratar do assunto com o presidente Rodolfo Landim, que saiu do jogo antes do fim.
A interrupção do projeto está definitivamente em pauta e o presidente Rodolfo Landim, entusiasta da contratação, precisará decidir se vai bancar a demissão. Possíveis substitutos já são discutidos.
Quem vem?
Hoje, o nome mais falado no Flamengo é o do argentino Jorge Sampaoli, atualmente sem clube. Tite também tem a preferência de parte da diretoria, mas enfrenta enorme resistência.
— Hoje a gente não vai tomar nenhuma decisão, todo mundo de cabeça quente. Não é o resultado que a gente queria, perder como a gente perdeu, tem que se rever alguma coisa. Mas isso não passa por nenhuma troca, nenhuma situação, que às 22h a gente vai decidir. Amanhã com calma vou estar com as pessoas que tenho que estar, com o Vítor, mas por enquanto permanece tudo normal — disse Braz
Em coletiva, mesmo que abatido, Vítor Pereira afirmou que não cogita pedir demissão do cargo, nem acha que isso vai acontecer.
— Relativo à demissão, não tenho nenhuma indicação. O trabalho está no início. O Brasileiro nem sequer começou. Estou de corpo e alma. Sei que este momento é complicado — disse, deixando a decisão a cargo da cúpula do futebol.
— Não sou eu, o clube define, toma decisões, eu vim para o Flamengo trabalhar e melhorar a equipe. Estou convencido que isso é possível. É continuar trabalhando e buscar evoluir — completou.
O contrato do técnico português com o Flamengo vai até dezembro, e em caso de demissão por parte da diretoria é preciso pagar o restante da temporada.
O treinador, por sua vez, deu claros sinais de que perdeu a mão na tentativa de implementar suas ideias junto ao elenco rubro-negro. Vítor Pereira, entretanto, não apontou culpados.
— Tenho um bom elenco, jogadores de caráter. Mas hoje pareciam desligados, descoordenados taticamente. Não vou apontar erros individuais —finalizou.
Por O Globo
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