O Corinthians agiu rápido após a saída de Fernando Lázaro e fechou a contratação do técnico Cuca, de 59 anos, que estava desempregado. O anúncio foi realizado na tarde dessa quinta-feira, horas depois da confirmação de que Lázaro não permaneceria no cargo.
Cuca vai assinar contrato até o fim de 2023, quando também acaba o mandato do presidente Duilio Monteiro Alves. Com ele chegam Cuquinha, auxiliar técnico, e Daniel dos Santos Cerqueira, analista de desempenho.
A diretoria corintiana tinha pressa para definir o novo treinador. O próximo jogo é domingo, contra o Goiás, fora de casa, pelo Brasileirão. Depois, na quarta-feira, a equipe tentará a classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil diante do Remo, após ter perdido o duelo da ida por 2 a 0.
Não é de hoje que o presidente do Timão, Duilio Monteiro Alves, e pessoas que o cercam consideram Cuca um bom treinador. Porém, no passado a contratação dele foi vetada por conta da condenação de abuso sexual sofrida pelo técnico.
Em 1987, Cuca (ainda como jogador) e três colegas de Grêmio foram acusados de manter relação sexual com uma garota de 13 anos em Berna, na Suíça. Dois anos depois, ele foi condenado a 15 meses de prisão por atentado ao pudor com uso de violência. Cuca se diz inocente.
No ano passado, antes da contratação de Vítor Pereira, Cuca foi cogitado no Timão, mas o clube decidiu não avançar em conversas com ele, temendo repercussão negativa da torcida. Historicamente o Corinthians é engajado em causas sociais e recentemente lançou a campanha "respeita as minas".
Naquela época, também pesou contra o técnico a saída repentina de clubes recentes, como foi no Atlético-MG, no Palmeiras e no Santos, alegando problemas pessoais. No Peixe, em 2018, ele teve atritos com a diretoria, voltou em 2019 e levou o time à final da Libertadores em 2020.
Como treinador, Cuca tem como principal título a Libertadores de 2013, pelo Atlético-MG. Ele também faturou dois Brasileiros, pelo Palmeiras em 2016 e pelo Galo em 2021.
O último trabalho dele foi no Atlético-MG, encerrado no fim do ano passado.
Por Ana Canhedo, Bruno Cassucci, Edgar Alencar e Marcelo Braga — São Paulo
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