No Maranhão, 63 municípios decretaram situação de emergência. Chove forte no estado desde março.
Comunidades inteiras estão isoladas. No Maranhão, nove rios, além de riachos e açudes, transbordaram. Onde eram ruas e, segundo os moradores, há duas semanas veículos e pessoas transitavam normalmente, hoje só passam embarcações. A água invadiu o lugar e está subindo de uma tal maneira que está chegando aos telhados das casas.
Em uma comunidade, nenhuma das 50 casas escapou à inundação; 90% delas são de taipa e barro.
“Quanto mais a umidade vai subindo, mais vai desmanchando a parede. Quando nós voltarmos de novo, temos que fazer novamente”, conta o agricultor Francisco da Conceição.
“É muito prejuízo! 80%, 90% dos comerciantes estão sem trabalhar”, afirma João Martins, presidente da Associação Comercial.
Embarcações são usadas para andar onde já foi rua em cidades no Maranhão — Foto: JN
Em várias cidades, os moradores dependem de doações. Em cada cesta, vai um pouco de arroz, feijão, açúcar e uma porção generosa de solidariedade.
"Não precisa ser muito, mas cada um contribuindo com o que pode”, diz um morador.
A voluntária Lindinalva Alves pode doar tempo para organizar os donativos:
"Muito gratificante, porque você ajuda outras pessoas que precisam, que necessitam, que estão desabrigadas”.
Doações chegam para os desabrigados — Foto: JN
"Mais de 5 mil cestas básicas serão doadas nos próximos dias, também água mineral e diversos outros itens de necessidade dessas famílias", afirma Max de Medeiros, superintendente da Fecomércio no Maranhão.
Já são quase 36 mil famílias afetadas pela maior enchente em dez anos no Maranhão. Mais de 7,7 mil tiveram que deixar suas casas - sem perspectiva de quando vão voltar.
“Nós estamos aqui pedindo ajuda, porque queremos a nossa casa. Estão dando alimento, a cesta básica para gente... Mas não tem como a casa da gente...”, diz, emocionada, a agricultora Maria das Dores Maciel.
Por G1 MA
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