Além do presidente, outros alvos do inquérito, como seu ex-ajudante de ordens, o coronel Mauro Cid, tiveram o depoimento marcado para a mesma hora e local do ex-presidente. Também prestará esclarecimentos à PF o coronel Marcelo da Costa Câmara, que atuava no gabinete presidencial de Bolsonaro e continua como seu assessor. Câmara é o responsável pelo acervo privado do ex-presidente, local para onde foram destinadas as joias recebidas. As oitivas acontecerão em Brasília.
A PF instaurou a investigação após o jornal “Estado de S. Paulo” revelar quem um conjunto com colar e outros itens de diamantes avaliado em R$ 16,5 milhões foi trazido, de maneira ilegal, pela comitiva do ex-ministro Bento Albuquerque e acabou apreendido pela Receita Federal ao retornar da Arábia Saudita.
Após as joias serem retidas, o governo Bolsonaro fez uma série de investidas para tentar reavê-las, sendo a última delas via o próprio gabinete presidencial. Há atos diretos do ex-presidente Bolsonaro, como ligações com o ex-chefe da Receita Federal, Julio Cesar Gomes, além da ordem para que um avião da Força Aérea Brasileira fosse buscar o item apreendido.
Após o caso vir à tona, o Tribunal de Contas da União determinou que Bolsonaro devolvesse outro presente que recebeu do regime saudita, com relógio e joias avaliadas em cerca de R$ 1 milhão.
Nesta semana, foi revelado um terceiro presente que o próprio Jair Bolsonaro recebeu em mãos do rei da Arábia Saudita, Salman Bin Abdulaziz Al Saud, em 2019. O pacote é avaliado em pelo menos R$ 500 mil, mas há indicações de que o preço real supere essa estimativa.
O ex-presidente chega ao Brasil nesta quinta-feira. Como informou a coluna, um dos maiores temores de seu entorno era que ele fosse levado pela PF para depor assim que aterrissasse no Brasil.
Por O Globo
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