Márcia Freire foi vocalista da banda Cheiro de Amor — Foto: Bahia FM
A cantora Márcia Freire, ex-vocalista da banda Cheiro de Amor, falou do ataque a tiros que ela e a equipe sofreram, nesta sexta-feira (3), enquanto viajavam de ônibus pela BR-101, nas imediações de Alagoinhas, a 180 km de Salvador.
Os suspeitos tentaram assaltar os músicos com uma barricada de madeira na pista e, apesar de 21 tiros terem atingido o ônibus, ninguém ficou ferido. [Veja relato da artista no vídeo acima]
"O motorista achou que deveria passar pela barreira e nenhum dos 21 tiros entrou no ônibus, ninguém ficou ferido. Realmente foi a mão de Deus", disse Márcia, em vídeo enviado ao g1.
Antônio, o motorista que dirigia o ônibus, contou que a ação foi rápida e envolveu cinco suspeitos, que não foram presos até a noite desta sexta. Segundo ele, a barricada foi montada depois que um carro passou em alta velocidade e ultrapassou os veículos da banda. [Veja relato do motorista abaixo]
"Ele sumiu e já apareceu fazendo uma barricada na nossa frente, havia apenas um espaço pequeno por onde eu consegui passar [com o ônibus]", contou.
Os tiros foram disparados quando o motorista arriscou passar o ônibus entre a barreira. A frente do veículo ficou repleta de marcas de balas.
No momento em que o ônibus foi atingido, a equipe da cantora viajava de Porto Seguro para Barra de São Miguel, no Alagoas, onde tem um show nesta sexta (3). A maior parte da equipe dormia no momento da tentativa de assalto e não presenciou os tiros.
Após o susto, a equipe seguiu para o destino final. A cantora disse que ficou em estado de choque com a situação.
"Foi uma adrenalina muito alta, tomei um remédio para descansar. Foi muito difícil para a gente", contou.
A cantora ainda agradeceu as pessoas que mandaram mensagens e perguntaram se ela estava bem. Márcia Freire ainda refletiu sobre a segurança nas estradas baianas e o risco que caminhoneiros e motoristas de ônibus correm todos os dias.
"É um filme de terror, porque além do problema das estradas, da falta de iluminação, ainda tem o terror de encontrar bandidos que atiram para matar", disse.
Por g1 BA
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