quarta-feira, março 08, 2023

Farmacêutica é morta a pedradas em Maceió no Dia da Mulher; ex-marido é suspeito, diz polícia


No Dia Internacional da Mulher, Maceió registrou a morte de mais uma vítima da violência doméstica. Marcelle Christine de Bulhões foi assassinada a pedradas na madrugada desta quarta-feira (8), na Cidade Universitária. O ex-marido dela é o principal suspeito do crime.

Segundo a Polícia Militar, a farmacêutica foi agredida com diversas pedradas na cabeça no meio de uma rua no Village Campestre II. Ela chegou a ser socorrida e levada para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos.

Marcelle Bulhões, farmacêutica assassinada em Maceió — Foto: Reprodução/Facebook

Aos policiais militares, testemunhas contaram que Marcelle foi vista por volta das 2h discutindo na rua com o ex-marido dela, que a agrediu diversas vezes. Apesar de a polícia ter feito buscas pelo local, o suspeito não foi encontrado.

Uma amiga próxima da vítima, que preferiu não se identificar, contou ao g1 que Marcelle relatava medo por estar sendo ameaçada pelo ex-marido. Sem aceitar o fim do relacionamento, ele já tinha a agredido e a ameaçado de morte.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo o delegado Thiago Prado a principal linha de investigação é feminicídio. O ex-marido de Marcelle, Cícero Messias, está sendo procurado e é considerado foragido.

Combate à violência

Marcelle é mais uma entre tantas brasileiras que morrem diariamente vítimas de violência no Brasil. Coincidentemente, ela tinha a mesma profissão que Maria da Penha, a mulher que dá nome à lei que tenta proteger mulheres no país inteiro e que cobra punição adequada para os agressores.

O Dia Internacional da Mulher é um dia para lembrar a luta por direitos, mas também para cobrar ações efetivas de combate à violência que tantas vezes resultam em feminicídio no Brasil.

Um levantamento do g1 mostrou que em 2020, o crescimento foi de 5% nos casos de feminicídio, em comparação com 2021. São 1,4 mil mulheres mortas apenas pelo fato de serem mulheres - uma a cada 6 horas, em média. Este número é o maior registrado no país desde que a lei de feminicídio entrou em vigor, em 2015.

Por G1 AL

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