Aos policiais militares, testemunhas contaram que Marcelle foi vista por volta das 2h discutindo na rua com o ex-marido dela, que a agrediu diversas vezes. Apesar de a polícia ter feito buscas pelo local, o suspeito não foi encontrado.
Uma amiga próxima da vítima, que preferiu não se identificar, contou ao g1 que Marcelle relatava medo por estar sendo ameaçada pelo ex-marido. Sem aceitar o fim do relacionamento, ele já tinha a agredido e a ameaçado de morte.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo o delegado Thiago Prado a principal linha de investigação é feminicídio. O ex-marido de Marcelle, Cícero Messias, está sendo procurado e é considerado foragido.
Combate à violência
Marcelle é mais uma entre tantas brasileiras que morrem diariamente vítimas de violência no Brasil. Coincidentemente, ela tinha a mesma profissão que Maria da Penha, a mulher que dá nome à lei que tenta proteger mulheres no país inteiro e que cobra punição adequada para os agressores.
O Dia Internacional da Mulher é um dia para lembrar a luta por direitos, mas também para cobrar ações efetivas de combate à violência que tantas vezes resultam em feminicídio no Brasil.
Um levantamento do g1 mostrou que em 2020, o crescimento foi de 5% nos casos de feminicídio, em comparação com 2021. São 1,4 mil mulheres mortas apenas pelo fato de serem mulheres - uma a cada 6 horas, em média. Este número é o maior registrado no país desde que a lei de feminicídio entrou em vigor, em 2015.
Por G1 AL
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