Uma professora contratada pela rede pública de ensino de Olinda é uma das pessoas presas em Brasília após os atos terroristas de bolsonaristas radicais contra as sedes dos três poderes, no dia 8 de janeiro.
O g1 apurou que Adilma Maria Cardoso também participou de um acampamento golpista em frente ao Comando Militar do Nordeste (CMNE), no Curado, Zona Oeste do Recife.
O nome de Adilma Maria Cardoso consta na lista dos presos por invasão à Praça dos Três Poderes. Ela tem 58 anos, é moradora de Camaragibe, no Grande Recife, e dá aula a crianças do primeiro ao quinto anos do ensino fundamental na rede municipal de Olinda.
No Facebook, Adilma Maria Cardoso se identifica como Di Silva. Ela fazia inúmeras postagens de teor antidemocrático e inconstitucional, além de demonstrar apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado por Lula (PT) nas eleições de 2022.
2 de 3 Adilma Cardoso em acampamento golpista, no Recife — Foto: Reprodução/Redes sociais
Adilma Cardoso em acampamento golpista, no Recife — Foto: Reprodução/Redes sociais
A Secretaria de Administração Penitenciária do DF (Seape-DF) divulgou uma lista de 1.398 pessoas presas entre 8 e 11 de janeiro, pelos ataques terroristas.
O nome de Adilma é o terceiro da lista de mulheres presas na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia.
Um dia antes do atentado terrorista, Adilma publicou uma foto tirada da janela de um avião. Na legenda, ela escreveu o slogan utilizado por Jair Bolsonaro desde a eleição de 2018, em que foi eleito presidente: "Deus, pátria, família e liberdade".
O g1 tentou, mas não conseguiu localizar a defesa dela.
3 de 3 Adilma Cardoso em acampamento golpista de bolsonaristas no Recife — Foto: Reprodução/Redes sociais
Adilma Cardoso em acampamento golpista de bolsonaristas no Recife — Foto: Reprodução/Redes sociais
Veja perfil
Em Olinda, Adilma Cardoso é contratada desde 1º de abril de 2022. Ela participou de uma seleção simplificada em 2021 e ficou na 870ª posição.
O g1 entrou em contato com a prefeitura de Olinda para saber se alguma sanção vai ser aplicada a essa funcionária. A administração municipal informou que não foi notificada até o momento sobre o caso.
"Por se tratar de um mês de férias, os professores não precisam se apresentar nas unidades de ensino da rede municipal. O caso será devidamente apurado pela Secretaria de Educação", afirmou.
Nas publicações de Adilma Cardoso, também há imagens de participações dela em atos antidemocráticos, contrários ao resultado das eleições.
Ela também publicava fotos com integrantes do governo Bolsonaro, como o ex-ministro e candidato derrotado ao Senado Gilson Machado (PL) e o ex-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF) Pedro Guimarães, afastado após denúncias de assédio sexual e moral contra funcionárias do banco.
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