Inspeções promovidas por defensores públicos nas penitenciárias do Distrito Federal constaram que há desigualdade de gênero no tratamento dispensado a homens e mulheres presos por envolvimento nos atos golpistas.
Segundo relatório, as mulheres se encontram em situação de maior vulnerabilidade. Aos homens, ao contrário, algumas regras do cárcere foram relativizadas — entre elas, a permissão para ficar com roupas pretas ou camufladas.
Já as mulheres narraram que foram impedidas de permanecer com determinadas peças, como... sutiãs de cor preta. Além disso, homens puderam continuar com a posse de alguns bens, a exemplo de quantias em dinheiro e alianças, enquanto as presas foram privadas de seus itens pessoais.
Algumas ainda relataram estar sem poder trocar de roupa por não haver uniformes disponíveis. O documente cita que foram atendidas usando cobertores para se cobrir, enquanto lavavam seus trajes. Em certos casos, usaram sacolas para encher de água da torneira e realizar a higienização.
A propósito, em um dos presídios, incomodou também os radicais o fato de não terem privacidade para suas necessidades fisiológicas. O banheiro fica à vista de quem passa no corredor (veja imagens abaixo).
O Globo
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