Nas redes sociais, a mulher afirmava ter câncer de mama em metástase e aparecia raspando a cabeça dentro de um hospital.
Em entrevista ao Estadão, o delegado Fernando Gontijo, responsável pela investigação, informou que sete vítimas foram identificadas e R$ 20 mil em doações contabilizados até o momento.
O delegado acredita que a quantia pode ter sido bem maior, já que os valores eram depositados diretamente na conta da mulher. Cerca de cinco campanhas de arrecadação foram feitas.
Segundo Gontijo, o golpe veio à tona após uma das vítimas desconfiar do comportamento da mulher, que frequentava festas e consumia bebidas alcoólicas.
Na delegacia, a suspeita disse não ter exames que comprovem a doença, mas informou ter feito tratamento contra o câncer no Hospital Araújo Jorge, em Goiânia, nos meses de julho a outubro de 2022.
A mulher informou, ainda, que foi obrigada a interromper as sessões de quimioterapia porque o hospital teria perdido o prontuário dela. A direção da unidade de saúde negou que ela tenha sido paciente do local em algum momento.
O hospital informou, ainda, que a mulher foi flagrada deitada em macas e chegou a ser expulsa do local "diversas vezes".
Segundo o delegado, a suposta paciente não foi presa por não existirem requisitos que viabilizem o pedido de prisão preventiva. A golpista deverá responder, inicialmente, em liberdade.
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