"Tragédia em Brovary (leste de Kiev). O número de vítimas aumentou. Às 10h30 (5h30 no horário de Brasília), 18 mortos, incluindo três crianças", disse o governador regional Oleksii Kuleba, no Telegram.
"O objetivo do voo (era ir) para um dos pontos quentes em nosso país, onde os combates estão ocorrendo", disse o conselheiro presidencial ucraniano, Kirilo Timoshenko.
O acidente aconteceu em Brovary, cidade de cerca de 100 mil habitantes ao leste da capital ucraniana.
Kuleba afirmou ainda que há "29 feridos, incluindo 15 crianças". Segundo ele, as crianças e os funcionários que se encontravam na escola no momento do acidente já foram retirados do local.
Entre as vítimas, estão o ministro do Interior, Denis Monastirski, de 42 anos, seu vice-ministro Yevgeny Jenin e outro funcionário de alto escalão, que estavam a bordo do helicóptero junto com outras seis pessoas, informou o chefe da polícia nacional ucraniana, em um comunicado.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, afirmou que o acidente foi uma "tragédia terrível".
"A dor é indescritível", acrescentou.
O primeiro-ministro ucraniano, Denis Chmigal, anunciou no Telegram a criação de "um grupo especial para investigar em detalhes as circunstâncias da tragédia".
A causa do acidente não foi divulgada até o momento.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram os restos do helicóptero, junto a um carro destruído com o peso do metal. Bombeiros e policiais estiveram no local, observou a equipe da AFP.
Segundo imagens publicadas nas redes sociais, um grande incêndio começou após a queda do helicóptero.
Nova tragédia
Monastirski, advogado de profissão, estava no cargo desde julho de 2021. Em 2019, foi deputado da Rada, o Parlamento ucraniano, pelo Partido Servo do Povo, que hoje ocupa a Presidência.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, lamentou a morte do ministro.
"Nós nos juntamos à Ucrânia em luto após o trágico acidente de helicóptero (...). Monastirski era um grande amigo da UE", disse Michel no Twitter.
A aeronave pertencia ao serviço de Estado para situações de emergências, subordinado ao Ministério do Interior, de acordo com um porta-voz da Força Aérea ucraniana.
Esta nova tragédia ocorre no auge da guerra com a Rússia, quatro dias depois de um ataque mortal em Dnipro, no leste da Ucrânia.
Um míssil russo destruiu um prédio residencial no sábado, matando pelo menos 45 pessoas, incluindo seis crianças. Este foi um dos ataques mais mortíferos desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022.
Zelensky prometeu que "todas as pessoas culpadas por este crime de guerra" serão levadas à Justiça e acusou o Exército russo de ser responsável pelo massacre de sábado (14). A Rússia nega, por sua vez, envolvimento no ataque.
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