Chesf reforça ações contra queimadas

Companhia fecha parcerias com órgãos ambientais e realiza visitas para conscientização em regiões de risco (Foto: Carlos José de Souza)

As queimadas podem atingir a rede elétrica e prejudicar a transmissão de energia, podendo provocar apagões em uma cidade inteira. A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Eletrobras Chesf), com o objetivo de conscientizar e alertar para os riscos dessa prática, realiza, anualmente, campanhas nas comunidades próximas às linhas de transmissão. Desde 2016, a Companhia intensificou a prevenção e realiza ações nos estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Ceará, Maranhão, Piauí e Bahia. No biênio 2022/2023, o tema adotado é “Queimada só traz destruição”.

“Em alguns desses estados, nós temos parcerias com órgãos ambientais estaduais e federais, com algumas distribuidoras de energia, sindicatos dos usineiros e sindicatos dos fornecedores de cana. A cada ano conseguimos diminuir o número de desligamentos por queimada”, explica Narion Cardoso, coordenador das campanhas.

Em 2022, foram realizadas cerca de 40 ações, que, além de visitas técnicas a usinas de açúcar e álcool, englobam palestras com distribuição de camisas e cadernos, entrega de certificados e assinatura de termos de compromisso dos participantes. “Nós temos dois objetivos. O primeiro é trabalhar em áreas de queima de mato e o segundo é atuar em áreas de queima de canavial”, afirma Narion.

O especialista lembra ainda que provocar queimadas é um ato criminoso. “Uma queimada pode acabar com a energia de hospitais, escolas, residências, indústria e comércio. Cidades inteiras ficam no prejuízo. Além de tudo isso, fazer queimada perto de linhas de transmissão é crime, passivo de multa e até prisão (Decreto nº 2.661 de julho de 1998)”.

“As campanhas são muito importantes, especialmente considerando que o Nordeste é hoje uma região exportadora de energia e que as queimadas podem desligar as linhas de transmissão com rebatimento para os consumidores de energia do país”, explica o Diretor de Operação, João Henrique Franklin.

Assessoria Chesf