O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deu 48 horas para que o ministro da Justiça, Anderson Torres, e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), expliquem as medidas adotadas contra os atos de vandalismo realizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília, na última segunda-feira (12). As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) havia solicitado a investigação das circunstâncias em que os atos de violência ocorreram.
"Os fatos noticiados pelo parlamentar ocorreram no contexto dos atos antidemocráticos, nos quais grupos financiados por empresários (a serem identificados) insatisfeitos com o legítimo resultado do pleito, com violência e grave ameaça às pessoas, passaram a bloquear o tráfego em diversas rodovias do país e a abusar do direito de reunião nos arredores de quartéis militares, com o intuito de abolirem o Estado democrático de Direito, pleiteando um golpe militar e o retorno da ditadura", diz Moraes na decisão.
O ministro afirmou que "ainda tem muita gente para prender e muita multa para aplicar" em relação a atos antidemocráticos e propagação de notícias falsas.
ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS
A sede da Polícia Federal (PF) em Brasília, no Distrito Federal (DF), foi alvo de uma tentativa de invasão na noite da última segunda-feira (12).
Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que protestam contra a prisão do Cacique Serere, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), incendiaram ônibus, arremessaram pedras em policiais e avançaram contra o prédio onde fica a carceragem. Policiais dispersam os manifestantes com balas de borracha, spray de pimenta e bomba de gás lacrimogênio.
O cacique foi preso por indícios de prática de crimes em atos antidemocráticos a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Por Redação do Diário do Nordeste
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