Primeira edição do Concurso Nordestino do Frevo premiou dez composições inéditas em 2021
A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) anuncia o lançamento do livro “Ao Compasso do Frevo”, publicação da Editora Massangana resultante da primeira edição do Concurso Nordestino do Frevo, realizado em 2021. O evento de lançamento do livro acontecerá às 16h do dia 12 de novembro, no hall do Museu do Homem do Nordeste (Muhne), no campus Gilberto Freyre da Fundaj, em Casa Forte. Na mesma data, às 17h, será feita a entrega dos troféus da segunda edição do concurso, no jardim da casa.
Com apresentações de Antônio Campos, presidente da Fundaj, Mário Hélio Gomes de Lima, diretor da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte da instituição, e Karla Veloso, coordenadora de Comunicação da Fundação e organizadora da publicação, o livro com as histórias dos nove vencedores do I Concurso Nordestino do Frevo e suas composições premiadas. O concurso é uma iniciativa que nasceu no ano de 2021, durante a fase mais aguda da pandemia de covid-19, com o intuito de fomentar a produção cultural da região Nordeste.
“A Fundação, no esforço de valorizar a economia criativa da região, distribuiu quase cem mil reais do seu próprio orçamento para premiar e difundir o frevo. O resultado, que foi amplamente divulgado, também assume agora a forma de livro. É o fruto do trabalho coletivo da instituição e de uma comissão julgadora de alto nível”, escreve Antônio Campos em seu texto introdutório à publicação.
A primeira edição, que homenageou o músico pernambucano Maestro Duda, contou com 270 inscrições vindas de sete estados do Nordeste. Entretanto, a predominância dos candidatos foi de Pernambuco - 236 no total -, onde o frevo é uma das expressões artísticas mais fortes da cultura do estado. “[O livro] é o resultado de um concurso que despertou o interesse de toda uma região e trouxe, em pleno ano de 2021 – auge da pandemia, e sem Carnaval – novas e belas composições inéditas”, completa Antônio Campos.
Para Karla Veloso o projeto tem uma importância fundamental por ter surgido em um período árduo para a cultura, quando “o setor musical padecia financeiramente” e o frevo tinha o título de Patrimônio Cultural Imaterial colocado à prova pelo processo de revalidação conduzido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “Como casa de educação, memória e cultura, a Fundação reúne em seu acervo, no Cehibra, coleções de fotografias, discos e áudios de grandes compositores pernambucanos, nordestinos e brasileiros. É a essa coleção disponível para a atual e as futuras gerações que se somarão às nove novas composições que saíram vitoriosas no Concurso Nordestino do Frevo”, completa.
As composições vencedoras estão divididas em três categorias: frevo canção, frevo de bloco e frevo de rua, além de um novo hino para a troça “A Turma da Jaqueira Segurando o Talo”. O concurso premiou ainda o recifense Ed Carlos, autor e compositor de “Biscuit de Elefante”, como o melhor intérprete do certame. Além do livro em si, a publicação traz as partituras completas das composições vencedoras em formato de livretos que poderão ser usados por músicos na hora de executar as canções.
O Concurso Nordestino do Frevo chega à segunda edição após dois anos sem festa de Carnaval devido à crise sanitária. Em 2022 a iniciativa homenageia Getúlio Cavalcanti, dono de uma obra dentro do ritmo que atravessou décadas e gerações e vencedor da categoria Frevo de Bloco na edição passada do certame com a composição ‘É Fantasia’.
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