Mais dez testemunhas devem ser ouvidas neste segundo dia, sendo duas do Ministério Público e oito da defesa. Também está previsto o depoimento do acusado de cometer o crime, Marcelo da Silva. Na terça-feira (22), além de Lúcia, foram ouvidas mais cinco pessoas.
Lúcia Mota falou sobre o acusado, a quem classificou como “um assassino covarde e cruel”. A mãe de Beatriz lembrou que, em 2017, Marcelo da Silva foi preso em flagrante, após estuprar uma menina de 9 anos, na cidade de Trindade, no Sertão de Pernambuco.
“Ele é frio, é calculista. Ele estuprou uma criancinha, ele foi preso em flagrante em Trindade pelo estupro de uma criancinha de 9 anos de idade. Ele capturou essa criança às 7h da manhã, e essa criança só conseguiu sair das garras dele às duas horas da tarde. Ele é um monstro. Era isso que ele queria fazer com Beatriz e depois matá-la. Esse é o instituto dele, porque ele é um monstro e tem que ser condenado”, diz Lúcia.
A grande expectativa para este segundo dia de audiência de instrução está para o depoimento de Marcelo da Silva. No entanto, de acordo com o advogado de defesa, Rafael Nunes, a tendência é que o réu fique calado.
“Existe sim a possibilidade de ele participar de um júri popular, de ele ser pronunciado a um júri popular. Isso aí é fato. Então, talvez, não seja tão interessado ele adiantar a tese de defesa, jogar o que tem para jogar no ventilador, porque acreditem pessoal, todo mundo vai se surpreender. Tem muita coisa por trás desse caso. Esse caso é emblemático, e talvez ele não fale”, afirmou o advogado.
“Saímos das audiências de ontem com o sentimento de que foram comprovados os elementos indiciários existentes anteriormente, ou seja, hoje existe prova de informações suficientes para demonstrar autoria e responsabilidade da autoria criminal de Marcelo. Não há dúvida nenhuma”.
A audiência de instrução vai definir se Marcelo da Silva será ou não levado a júri popular. Ele foi apontado pela polícia como autor do crime no dia 11 janeiro deste ano, quando já estava preso respondendo por outros crimes.
Na época, Marcelo confessou o assassinato de Beatriz. Poucos dias depois, o advogado de defesa afirmou que o cliente escreveu uma carta dizendo ter sido pressionado a confessar o crime.
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