Ao Globo, a assessoria de imprensa da PRF argumentou que a limitação das manutenções se deve a um contingenciamento orçamentário. Segundo a PRF, a administração do órgão promoveu “o replanejamento e readequação dos recursos financeiros existentes”.
“Nesse contexto, o Ordenador de Despesas da PRF estabeleceu novo fluxo para autorização de serviços de manutenção de viaturas elencadas como não essenciais, como serviços de lanternagem, pintura e estofagem”, diz a PRF, acrescentando que a autorização para tais serviços passará a ser controlada pela Gestão Nacional de Frota, que receberá e avaliará as solicitações a fim de gerenciar o saldo nacional de gastos.
“Destacamos que os serviços de manutenção preventiva, relacionados à segurança das viaturas, não sofreram qualquer tipo de restrição”, completou a assessoria.
Nesta segunda-feira (21), o Portal de Notícias G1 informou que a Direção-Geral da PRF enviou um ofício às superintendências regionais no qual informou que, diante da falta de recursos, os serviços de manutenção em viaturas serão limitados. No documento, a Divisão de Frota afirma que todo serviço de manutenção considerado não essencial em qualquer veículo da PRF precisará ser aprovado pela Direção-Geral antes de ser feito.
A falta de recursos, na reta final do governo Bolsonaro, não é algo exclusivo da PRF. Na última sexta-feira (18), a Polícia Federal anunciou a suspensão da confecção de novos passaportes. A medida, segundo o órgão, decorre da falta de orçamento para as atividades de controle migratório e emissão de documentos de viagem.
“O agendamento online do serviço e o atendimento nos postos da PF continuarão funcionando normalmente. No entanto, não há previsão para entrega do passaporte solicitado enquanto não for normalizada a situação orçamentária”, afirmou a PF, em comunicado.
Ainda na sexta-feira (18), a colunista Bela Megale informou que ministros de Jair Bolsonaro passaram a descrever o governo, após a derrota para Lula, como “totalmente paralisado”. A coluna ouviu chefes de três pastas. Todas relataram que o isolamento de Bolsonaro, que sempre foi centralizador no comando do Executivo, colocou todo o governo em modo de estagnação.
— Nada anda, o governo parou. E ainda falta mais de um mês de trabalho. O clima de velório não passa — resumiu um integrante da alta cúpula do governo, à coluna
Por Agência O Globo
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