quarta-feira, outubro 05, 2022

Rosa Amorim é a primeira deputada militante do MST eleita para Assembleia Legislativa de Pernambuco



O MST vai ocupar a Assembleia Legislativa de Pernambuco. Pela primeira vez na história, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra conquistou uma cadeira no legislativo estadual com a eleição, neste 2 de outubro, de Rosa Amorim (PT), 25 anos, natural de Caruaru e filha de assentados. Ela obteve 42.682 votos.

Estudante de teatro, militante do Levante Popular da Juventude e coordenadora do Armazém do Campo, no Recife, Rosa levará para a Alepe a urgência do combate à fome, associada às pautas da desapropriação de terras para fins de reforma agrária, incentivo às cooperativas rurais e à produção de alimentos orgânicos, tecnologias já desenvolvidas pelo MST.

ENTREVISTA NA WEB RÁDIO PETROLÂNDIA (veja abaixo)


Durante campanha, Rosa Amorim foi entrevistada no dia 31 de maio de 2022  pelo radialista e blogueiro Assis Ramalho, no programa Acordando com as Notícias, transmitido pela Web Rádio Petrolândia.

Em jogada inédita, o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) lançou candidaturas. Em Pernambuco, o nome da jovem militante Rosa Amorim, de 25 anos, foi o escolhido para representar o movimento nas eleições de 2022.

Rosa Amorim é filha do catarinense Jaime Amorim e da baiana Rubneuza Leandro, ambos com formação nas comunidades católicas, que se tornaram dirigentes do MST e foram deslocados para construir o movimento em Pernambuco, ainda em 1989. Rosa nasceu em 1997, única filha mulher entre três irmãos homens. “Desde que nasci fui para as fileiras da luta do movimento, como sem terrinha”, diz ela, que passou a maior parte da vida em Caruaru, transitando entre a área urbana e o assentamento Normandia.

Ela disse ser negra e lésbica com orgulho, como ela sinalizou. Em sua candidatura, ela afirma que não representa apenas a pessoa que ela é, mas representa uma massa que precisa de todos os tipos de representações. A história dela com o MST é um retrato da tradição. Desde o dia em que nasceu, Rosa foi levada, por seus pais, que já eram militantes, ao Assentamento Normandia, mesma cidade que nascera.

Também afirmou que sua candidatura não representava apenas ela, mas o povo da terra. “O nosso mandato, se o povo de Pernambuco nos eleger, será um mandato de um grande coletivo chamado Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Então, não estou aqui para colocar a minha candidatura individual, mas sim, fui colocada pela direção nacional e pela direção estadual para representar o MST nas eleições. Essa não é uma candidatura da Rosa, mas sim do MST”, crava.

Ela frisou que representa vários grupos. “A nossa candidatura é uma candidatura do MST sim! Mas também das mulheres, dos estudantes, da população LGBTQI+, dos negros e negras, indígenas, quilombolas e de todas e todos. Estamos convencidas que iremos dar o nosso recado nessas eleições e iremos forte, para eleger nossa bancada do MST e, principalmente, eleger Lula presidente!”, diz

Blog de Assis Ramalho

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