O governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), foi afastado do cargo na manhã desta 3ª feira (11.out.2022), por decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Ele é alvo de uma operação da PF (Polícia Federal) deflagrada nesta data.
O pedido de afastamento partiu da PF e teve o aval do MPF (Ministério Público Federal). A investigação, que corre sob sigilo, apura crimes de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. Poder360 todos os dias no seu e-mail concordo com os termos da LGPD.
Paulo Dantas é aliado do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Disputará o 2º turno das eleições para governador do Estado com Rodrigo Cunha (União Brasil), aliado do presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL). Dantas recebeu 46,64% dos votos válidos no 1º turno. Cunha, 26,79%.
Dantas era deputado estadual e foi eleito em maio para um mandato-tampão no governo de Alagoas. O pleito indireto foi realizado depois da saída do então governador Renan Filho para disputar uma vaga ao Senado. Ele foi eleito em 2 de outubro..
As autoridades investigam a prática de desvios de recursos públicos que ocorre desde o ano de 2019 no Poder Público de Alagoas.
Segundo a PF, foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão em imóveis relacionados aos investigados. As medidas também envolvem sequestro de R$ 54 milhões em bens e valores.
“A necessidade e a urgência das medidas cautelares cumpridas na manhã de hoje – que incluem busca e apreensão, sequestro de bens, afastamentos de função pública, ente outras medidas – foram amplamente demonstradas nos autos da investigação policial e corroborada pelo Ministério Público Federal, o que subsidiou a decisão judicial”, disse a PF, em nota.
Leia a íntegra da nota da PF, divulgada às 9h36 de 11.out.2022:...
“A Polícia Federal e o Ministério Público Federal cumprem, na manhã desta terça-feira (11/10), medidas cautelares determinadas pelo Superior Tribunal de Justiça no bojo da “Operação Edema”, que apura a prática sistemática de desvios de recursos públicos que ocorre desde o ano de 2019 no âmbito do Poder Público do Estado de Alagoas. Uma das determinações foi o afastamento cautelar do governador.
“Ao todo, foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão em imóveis vinculados aos investigados. Conforme a decisão judicial, a partir de hoje, os investigados estão impedidos de manter contato entre si e de frequentar os órgãos públicos envolvidos na investigação. As medidas cautelares incluem ordem de sequestro de bens e valores que chegam a R$ 54 milhões. Dezenas de imóveis foram objetos de constrição.
“A necessidade e a urgência das medidas cautelares cumpridas na manhã de hoje – que incluem busca e apreensão, sequestro de bens, afastamentos de função pública, dente outras medidas – foram amplamente demonstradas nos autos da investigação policial e corroborada pelo Ministério Público Federal, o que subsidiou a decisão judicial.
“A investigação, ainda em sigilo, aponta a ocorrência dos crimes de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. Também nesta terça-feira, o vice-governador será comunicado a respeito da ordem judicial de afastamento do governador do cargo. “
*As informações estão restritas a esta nota.”.
Por Poder 360
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