sexta-feira, setembro 09, 2022

Presidenciáveis repudiam caso de bolsonarista que matou eleitor de Lula


Candidatos à Presidência usaram as redes sociais, nesta sexta-feira (9/9), para publicar mensagens de repúdio ao assassinato de um defensor do ex-presidente Lula (PT). A suspeita é de que ele tinha sido morto por um colega bolsonarista. O caso ocorreu em Mato Grosso.

Benedito Cardoso dos Santos, 42 anos, foi morto na manhã de quinta (8/9). O acusado é Rafael Silva de Oliveira, de 24. Os dois eram colegas de serviço e tiveram uma discussão política enquanto fumavam um cigarro. Segundo a polícia, após o desentendimento, Rafael deu 17 facadas em Benedito.

Lula disse, no Twitter, que a morte do eleitor é resultado da “intolerância”.

“É com muita tristeza que soube da notícia do assassinato de Benedito Cardoso dos Santos, na zona Rural de Confresa. O Brasil não merece o ódio que se instaurou nesse país. Meus sentimentos à família e amigos de Benedito”, escreveu.
Em postagem, Ciro Gomes (PDT) se refere a Benedito como “vítima da guerra fratricida”

Mais uma vítima da guerra fratricida, semeada por uma polarização irracional e odienta que pode inundar de sangue o nosso solo. Abaixo a violência política. O Brasil quer paz!

Simone Tebet (MDB) também condenou o caso, afirmando que o presidente Jair Bolsonaro (PL) precisa clamar por paz e união.

“A incitação ao ódio leva à violência, que faz mais uma vítima. Chega de briga! Chega de divisão! Enquanto eles separam o Brasil, nós vamos uni-lo com amor e coragem”, publicou a presidenciável.

A candidata Soraya Thronicke (União Brasil) disse que o país está “regredindo de mãos dadas com a barbárie. “Tem gente morrendo no Brasil por causa de adversidade política e partidária”

“Numa democracia real, divergências políticas são resolvidas com diálogo e respeito. Não é o que temos visto no Brasil, infelizmente. E quando a política é tomada pela violência, significa que caminhamos rumo à barbárie. Lamento o crime brutal ocorrido em Mato Grosso”, escreveu Felipe D’Avila (Novo).

O caso

O conflito teria começado na quarta-feira (7/9), quando o bolsonarista e o eleitor de Lula estavam fumando cigarro, começaram a falar sobre política, e se desentenderam.

Em seguida, os dois deram início a uma briga física e, em certo momento, o rapaz esfaqueou Benedito.

Rafael de Oliveira tentou decapitar Benedito com um machado após esfaqueá-lo.

O delegado Higo Rafael, que atua no caso, disse ao Metrópoles que a vítima levou 15 facadas na testa. O homem ainda foi ferido nas costas e no olho. O suspeito foi preso.

´Por Portal Metrópoles

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