A Polícia Civil informou, nesta quinta-feira (25), que concluiu o inquérito que investigava o feminicídio de Renata Alves Costa. O crime, descoberto no dia 7 de agosto, ocorreu no apartamento em que a administradora morava, na Zona Norte do Recife. O namorado dela, suspeito do crime, está preso desde 9 de agosto.
Os detalhes da investigação, que foram comandadas pelo delegado Roberto Lôbo, vão ser divulgados pela Polícia Civil em coletiva de imprensa, marcada para o final da manhã desta quinta. A corporação não adiantou se ele foi indiciado, mas disse que ele foi alvo de um mandado de prisão.
Preso no Aeroporto de Natal, o homem foi trazido de volta ao Recife e, em depoimento, confessou o crime "parcialmente" e alegou que foi acidental, segundo relatou o delegado Roberto Lôbo no dia 10 de agosto.
Identificado por parentes da vítima como João Raimundo Vieira da Silva de Araújo, o suspeito prestou depoimento por cerca de três horas na sede do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), no Cordeiro, Zona Oeste da capital. Na saída, ele disse para jornalistas que iria se explicar na Justiça
Quando conversou com a imprensa, depois de colher o depoimento, o delegado explicou que não gravaria entrevista, mas deu algumas informações sobre o que o preso disse.
Roberto Lôbo relatou que o homem confessou ter duas armas ilegais e apresentou, também, através dos advogados, a utilizada para matar Renata. As duas eram calibre .40.
O suspeito foi preso no aeroporto de Natal, em uma operação da polícia pernambucana que contou com apoio da Polícia Federal. Não foi divulgado para qual cidade João Raimundo estava indo, mas fontes policiais relataram que ele tentava embarcar para São Paulo.
O homem já tinha sido preso anteriormente por agredir a ex-esposa e balear dois funcionários de um hotel em Boa Viagem, na Zona Sul, em 2019, segundo parentes de Renata. O namorado da vítima, segundo informações da Justiça pernambucana, cumpria prisão domiciliar.
João Raimundo, que foi filmado no elevador com a vítima antes do crime, usava tornozeleira eletrônica por causa desse crime, mas rompeu o equipamento no sábado (6), dia em que a polícia acredita ter ocorrido o crime (veja vídeo acima).
A informação sobre a tornozeleira eletrônica foi confirmada pela Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres).
A Polícia Civil foi questionada diversas vezes sobre o nome do namorado suspeito de matar Renata, mas não respondeu.
João Raimundo ficou preso entre dezembro de 2019, quando se entregou à polícia, e 30 de abril de 2020, quando a detenção foi transformada em prisão domiciliar.
O crime contra a ex-esposa, em 2019, aconteceu no Mar Hotel. Segundo a investigação da época, a arma que ele estava era da mãe, que teria somente posse do armamento e não poderia se deslocar com a pistola.
Por G1 PE
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