O número de casos notificados de varíola dos macacos (monkeypox) subiu para 303, em Pernambuco, segundo dados divulgados, nesta segunda (22), pelo governo. No boletim anterior, da quinta (18), tinham sido registradas 240 ocorrências suspeitas da doença.
Ainda de acordo com o novo boletim, são 258 casos ainda em investigação. O número de confirmações ficou em 19, igual ao do levantamento divulgado na quinta.
O estado tem 26 ocorrências já descartadas. No boletim anterior, eram 14 casos suspeitos que tinham sido notificados, mas os testes não comprovaram a relação com a varíola dos macacos.
Com relação aos cinco casos notificados na Penitenciária Dr. Ênio Pessoa Guerra, em Limoeiro, no Agreste, quatro deles foram descartados e apenas um continua em investigação.
Os pacientes com casos confirmados moram nas seguintes cidades:
Recife (12)
Jaboatão dos Guararapes (3)
Olinda (1)
Paulista (1)
Petrolina (1)
Surubim (1)
Todos eles são homens e estão em isolamento domiciliar. Oito têm entre 20 e 29 anos. Sete doentes estão na faixa etária entre 30 e 39 anos. Quatro têm entre 40 e 49 anos.
Segundo o governo, "em todos os casos confirmados, as equipes de vigilância conseguiram identificar vínculo epidemiológico entre os pacientes e pessoas que apresentaram histórico de viagem e/ou que se deslocaram para fora do estado, em locais que já confirmaram transmissão autóctone da doença".
As pessoas com casos em investigação moram nas seguintes cidades:
Recife (61)
Olinda (34)
Jaboatão dos Guararapes (33)
Paulista (20)
Limoeiro (11)
Belo Jardim (10)
Caruaru (10)
Pesqueira (10)
Carpina (8)
Cabo de Santo Agostinho (7)
Abreu e Lima (6)
Petrolina (6)
Vitória de Santo Antão (6)
Ferreiros (5)
Buíque (4)
Camaragibe (4)
Araripina (3)
Floresta (3)
Garanhuns (3)
Ipojuca (3)
São José do Egito (3)
Tamandaré (3)
Afogados da Ingazeira (2)
Araçoiaba (2)
Bom Jardim (2)
Cabrobó (2)
Gameleira (2)
Igarassu (2)
Nazaré da Mata (2)
São João (2)
Tabira (2)
Tuparetama (2)
Alagoinha (1),
Bodocó (1)
Brejinho (1)
Camocim de São Félix (1)
Catende (1)
Condado (1)
Fernando de Noronha (1)
Granito (1)
Itamaracá (1)
Inajá (1)
Ipubi (1)
Itaquitinga (1)
Jatobá (1)
Jucati (1)
Lagoa do Carro (1)
Passira (1)
Paudalho (1)
Pedra (1)
Pombos (1)
Rio Formoso (1)
Salgueiro (1)
Santa Cruz do Capibaribe (1)
Santa Maria do Cambucá (1)
São Lourenço da Mata (1)
Serra Talhada (1)
Surubim (1)
Tacaimbó (1)
Timbaúba (1)
Venturosa (1)
Vertentes (1)
Os casos notificados estão sendo acompanhados pelas equipes de vigilância epidemiológica municipais. Segundo o estado, são 157 homens e 101 mulheres nessa situação.
Ao todo, 58 pessoas têm entre 20 e 29 anos e 53 estão na faixa etária entre 10 e 19 anos. Há 40 pessoas na faixa entre 30 e 39 anos, 38 que têm entre 40 e 49 anos e 33 crianças de até 9 anos.
Por fim, estão nessa condição 17 pessoas entre 50 e 59 anos e 19 com 60 anos ou mais.
Histórico
Varíola dos macacos: o que você precisa saber
Com 3.788 casos diagnosticados de varíola dos macacos até domingo (21), o Brasil superou o Reino Unido e a Alemanha, e agora é o terceiro país com mais doentes confirmados no mundo.
Segundo o boletim mais recente do Ministério da Saúde, outros 4.175 casos são considerados suspeitos e aguardam resultado do exame RT-PCR para confirmar ou descartar a doença.
Em junho, a SES-PE emitiu nota técnica para os serviços de saúde das redes públicas e também privada sobre as diretrizes a serem adotadas para vigilância, acompanhamento e manejo clínico dos casos suspeitos e confirmados.
A varíola dos macacos foi declarada emergência global em saúde pela Organização Mundial em Saúde (OMS).
O primeiro caso confirmado em Pernambuco foi "importado", envolvendo um morador de São Paulo. O homem saiu de Guarulhos para passar uma temporada no Grande Recife.
No dia 9 de agosto, o infectologia Demétrius Montenegro, do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), no Recife, alertou que “sintomas leves” dificultam o diagnóstico da doença.
Sintomas
A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama, independentemente da orientação sexual de quem está infectado.
A doença costuma causar os seguintes sintomas iniciais:
febre;
dor de cabeça;
dores musculares;
dor nas costas;
gânglios (linfonodos) inchados;
calafrios;
exaustão
Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.
De acordo com o Ministério da Saúde, as pessoas com sintomas da doença devem procurar atendimento médico caso apresentem algum sintoma suspeito, e emitiu as seguintes recomendações:
Mantenham uso de máscaras, principalmente em ambientes com indivíduos potencialmente contaminados com o vírus;
Afastem-se de pessoas que apresentem sintomas suspeitos como febre e lesões de pele-mucosa (erupção cutânea, que habitualmente afeta o rosto e as extremidades e evolui de máculas para pápulas, vesículas, pústulas e posteriormente crostas);
Usem preservativo em todos os tipos de relações sexuais (oral, vaginal, anal) uma vez que a transmissão pelo contato íntimo tem sido a mais frequente;
Estejam alertas para observar se sua parceria sexual apresenta alguma lesão na área genital e, se presente, não tenham contato;
Procurem assistência médica, caso apresentem algum sintoma suspeito, para que se estabeleça diagnóstico clínico e, eventualmente, laboratorial.
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