Durante a ação, um empresário, apontado como sócio oculto da empreiteira, foi preso temporariamente. Agentes também cumprem mandado de busca em apreensão na superintendência da Codevasf no Maranhão.
As investigações apontam para a existência de um esquema de lavagem de dinheiro, feito a partir do desvio de verbas públicas vindas de licitações fraudadas. O grupo criava empresas de fachada para concorrer a licitações e fazer da empreiteira investigada a vencedora de contratos milionários com a Codevasf.
O esquema operava pelo menos desde 2015. À época, a Polícia Civil identificou uma associação criminosa que desviava recursos públicos no município de Dom Pedro/MA. Segundo a PF, mesmo após a operação, o esquema cresceu e alterou a origem da verba, agora vinda de recursos federais.
“O líder desse grupo criminoso, além de colocar as suas empresas e bens em nome de terceiros, ainda possui contas bancárias vinculadas a CPFs falsos, utilizando-se desse instrumento para perpetrar fraudes e dificultar a atuação dos órgãos de controle”, diz a nota da PF.
No total, foram cumpridos 16 mandados de busca e um de prisão temporária. Os crimes investigados são fraudes em licitação, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Centrão
A Codevasf foi entregue pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Centrão, grupo coordenado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), em troca de apoio político no Congresso.
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Em 2021, deputados e senadores destinaram o equivalente a 61% da dotação orçamentária total da empresa.
Por Portal Metrópoles
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