Luís Felipe Alves tinha 30 anos quando houve rompimento da barragem da Vale — Foto: Reprodução/Facebook
A Polícia Civil informou, na tarde desta terça-feira (3), que identificou mais uma vítima do rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A identificação é da ossada que foi encontrada pelo Corpo de Bombeiros nessa segunda-feira (2). Segundo a polícia, a 265ª vítima identificada trata-se do engenheiro de produção que tinha 30 anos na época da tragédia.
Luís Felipe Alves era funcionário da Vale. Nasceu em Jundiaí, no interior paulista, e se formou em engenharia de produção no Espírito Santo. A identificação ocorreu por meio de arcada dentária.
Ele trabalhava em Brumadinho, no setor administrativo da empresa, havia menos de três meses quando a barragem rompeu.
Para os amigos mais próximos, Luís Felipe tinha o apelido carinhoso de "pivet". Ele era apaixonado pelo Paulista Futebol Clube, o Paulista de Jundiaí, e nas redes sociais não escondia o amor pela bola.
Com a identificação de Luís Felipe, ainda há cinco pessoas desaparecidas, de um total de 270 mortos na tragédia de 25 de janeiro de 2019. Elas são chamadas de "joias" pelos parentes e amigos que seguem à espera de um enterro.
Saiba quem são as 5 pessoas que seguem desaparecidas mais de três anos após rompimento de barragem da Vale
Cinco pessoas continuam desaparecidas mais de três anos após a tragédia. Luís Felipe Alves, que aparece de óculos na foto, foi identificado nesta terça-feira (3) — Foto: Arquivo g1
Maria de Lurdes da Costa Bueno, Nathália de Oliveira Porto Araújo, Tiago Tadeu Mendes da Silva, Cristiane Antunes Campos e Olímpio Gomes Pinto estão entre as 270 pessoas mortas na tragédia, mas ainda não foram encontrados.
As outras 265 vítimas foram identificadas – a mais recente delas, Luís Felipe Alves, nesta terça-feira (3). Sua ossada foi localizada pelo Corpo de Bombeiros nesta segunda-feira (2).
Saiba quem são as vítimas ainda não identificadas:
Nathalia de Oliveira Porto Araujo — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Nathália Porto tinha 25 anos e era estagiária na Vale.
Trabalhar na mineradora era um sonho antigo e, para ela, sinônimo de estabilidade. Ela usava o salário para construir a casa própria.
A mãe de criação de Nathália, a aposentada Maria Oliveira, diz que a filha era muito carinhosa e trabalhadeira.
Nathália deixou dois filhos e o marido, com quem conversou pela última vez momentos antes da tragédia. Ele contou para a família que, antes de a ligação cair, ela disse: 'Deus, me dá o livramento'.
Corretora Maria Lurdes da Costa Bueno — Foto: Reprodução/Facebook
Moradora de São José do Rio Pardo (SP), a corretora Maria de Lurdes da Costa Bueno tinha 59 anos.
Ela passava as férias com a família na Pousada Nova Estância, em Brumadinho, a pedido do enteado, que tinha o sonho de conhecer o Inhotim.
Ela passava as férias com a família na Pousada Nova Estância, em Brumadinho, a pedido do enteado, que tinha o sonho de conhecer o Inhotim.
A pousada foi soterrada pela lama da barragem. Os dois enteados, Luiz e Camila Taliberti, a nora, Fernanda Damian de Almeida, e o marido de Maria de Lurdes, Adriano Ribeiro da Silva, também morreram na tragédia.
A filha dela, Patrícia Borelli, diz que a mãe "era uma pessoa de bem com a vida e que fazia questão de receber bem as pessoas".
Moradora de São José do Rio Pardo (SP), a corretora Maria de Lurdes da Costa Bueno tinha 59 anos.
Ela passava as férias com a família na Pousada Nova Estância, em Brumadinho, a pedido do enteado, que tinha o sonho de conhecer o Inhotim.
Ela passava as férias com a família na Pousada Nova Estância, em Brumadinho, a pedido do enteado, que tinha o sonho de conhecer o Inhotim.
A pousada foi soterrada pela lama da barragem. Os dois enteados, Luiz e Camila Taliberti, a nora, Fernanda Damian de Almeida, e o marido de Maria de Lurdes, Adriano Ribeiro da Silva, também morreram na tragédia.
A filha dela, Patrícia Borelli, diz que a mãe "era uma pessoa de bem com a vida e que fazia questão de receber bem as pessoas".
Nathália Porto tinha 25 anos e era estagiária na Vale.
Trabalhar na mineradora era um sonho antigo e, para ela, sinônimo de estabilidade. Ela usava o salário para construir a casa própria.
A mãe de criação de Nathália, a aposentada Maria Oliveira, diz que a filha era muito carinhosa e trabalhadeira.
Nathália deixou dois filhos e o marido, com quem conversou pela última vez momentos antes da tragédia. Ele contou para a família que, antes de a ligação cair, ela disse: 'Deus, me dá o livramento'.
Tiago Tadeu Mendes da Silva — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Tiago Tadeu tinha acabado de se formar em engenharia mecânica. Ele trabalhava na mina de Sarzedo e foi transferido para Brumadinho cerca de 20 dias antes do rompimento da barragem.
Aos 34 anos, era o mais velho de três filhos e apaixonado pelo Galo.
Deixou a mulher e dois filhos: uma menina e um menino, que na época da tragédia tinha oito meses.
Tiago Tadeu tinha acabado de se formar em engenharia mecânica. Ele trabalhava na mina de Sarzedo e foi transferido para Brumadinho cerca de 20 dias antes do rompimento da barragem.
Aos 34 anos, era o mais velho de três filhos e apaixonado pelo Galo.
Deixou a mulher e dois filhos: uma menina e um menino, que na época da tragédia tinha oito meses.
Cristiane tinha 34 anos e era mãe de dois filhos.
Ela entrou na Vale como motorista de caminhão e viu na empresa uma oportunidade de crescer profissionalmente. Fez curso técnico em mineração e passou a ser supervisora de mina.
Ela entrou na Vale como motorista de caminhão e viu na empresa uma oportunidade de crescer profissionalmente. Fez curso técnico em mineração e passou a ser supervisora de mina.
Olímpio Gomes Pinto — Foto: Reprodução
Olímpio Gomes Pinto tinha 56 anos e trabalhava como auxiliar de sondagem. Morava em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Ele e mais quatro colegas de trabalho estavam no nono andar da barragem quando a estrutura rompeu.
Olímpio deixou a mulher, com quem era casado havia mais de 30 anos, e filhos.
Olímpio Gomes Pinto tinha 56 anos e trabalhava como auxiliar de sondagem. Morava em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Ele e mais quatro colegas de trabalho estavam no nono andar da barragem quando a estrutura rompeu.
Olímpio deixou a mulher, com quem era casado havia mais de 30 anos, e filhos.
Por Carolina Caetano e Rafaela Mansur, g1 Minas — Belo Horizonte
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