quinta-feira, abril 28, 2022

Servidores federais retomam pressão por reajuste e intensificam greves



Servidores federais continuam promovendo mobilizações em busca de reajuste salarial. Para a categoria, a proposta oferecida pelo governo Jair Bolsonaro (PL) – de 5%, ainda não oficializada – não é aceitável. Funcionários públicos pedem aumento de 19,99%, que seria o percentual considerado suficiente para repor as perdas salariais sofridas, segundo eles, desde o início da atual gestão do Palácio do Planalto. Nesse contexto, determinados grupos ameaçam intensificar manifestações, paralisações e greves.

Nesta quinta-feira (28/4), o Dia Nacional de Luta, marcado por paralisações e atos em todo o país, constitui mais uma tentativa de sindicatos e organizações do funcionalismo público federal para pressionar o governo por um aumento salarial mais expressivo.

E a categoria promete endurecer as medidas a serem tomadas contra o Planalto. Servidores do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP) e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão em greve. Já os do Banco Central (BC) podem voltar a cruzar os braços – o que já foi feito por 19 dias em abril; a possibilidade de paralisação será definida durante assembleia nesta sexta-feira (29/4), se não houver avanços nas negociações.

O secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo, explica que as categorias estão “debatendo e discutindo para ver como fortalecer a mobilização”.

“É um processo crescente de mobilização e pressão que tem surtido efeito, porque o governo já teria anunciado para quem concederia o reajuste e ainda não anunciou, está sendo discutido”, ressalta, numa referência à ideia inicial de Bolsonaro. A princípio, o mandatário pretendia conceder aumento salarial apenas às carreiras militares.

Ronaldo afirma que o governo Bolsonaro tem negado negociação e diálogo para a construção do reajuste. A sinalização de aumento de 5% é definida como insignificante.

“Só a inflação do começo do ano já superou os 5%. Esse valor não cobre nem a metade da inflação do ano passado”, argumenta. “É inadmissível que haja esse déficit mesmo com o aumento da arrecadação (…). O governo continua utilizando o funcionalismo para dizer que quer enxugar a máquina”, completa.

Por Metrópoles


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