Vaz pediu nesta quinta-feira (28) a convocação do ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, para explicar a aquisição. O requerimento foi apresentado à Comissão de Fiscalização Financeira da Câmara após a identificação de dez empenhos à compra.
A compra foi estabelecida em contrato do Laboratório Farmacêutico da Marinha Brasileira com a empresa EMS S/A. O acordo ainda prevê a transferência de tecnologia à fabricação de Citrato de Sildenafila (nome científico do viagra), o que demonstra, segundo o deputado, interesse da Marinha em produzir o remédio indicado para disfunção erétil.
“Queremos saber do ministro qual o critério adotado para decidir a produção de medicamentos pelas Forças Armadas. Por que a opção de investir dinheiro público para fabricar Viagra em detrimento de outros remédios, como antibióticos e analgésicos, por exemplo?”, afirma Vaz.
No início deste mês, o jornal O Globo divulgou que as Forças Armadas compraram 35 mil unidades de viagra em oito pregões feitos com unidades ligadas aos comandos da Marinha, Exército e Aeronáutica. Essas aquisições foram homologadas em 2020, 2021 e seguem válidas neste ano.
O governo admitiu a compra e a justificou alegando o tratamento de pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP). A dosagem correta para tratar a doença, no entanto, é diferente dos 25 mg e 50 mg comprados.
Além disso, Vaz e o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) divulgaram licitações à compra de 60 próteses penianas no valor de R$ 3,5 milhões. O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga o caso. O Ministério da Defesa ainda não se pronunciou sobre a nova aquisição de viagra.
ISTOÉ
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