sexta-feira, março 18, 2022

Mulher que caiu de moto ao desviar de cão quer adotar animal que ficou ao lado dela: 'não saiu de perto de mim um minuto'


A recepcionista e vigilante Leidiane Oliveira sofreu um acidente na quinta-feira (17), quando ia de moto para o trabalho, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, ao desviar de um cachorro que atravessava a avenida (veja vídeo acima). Depois, ela soube que o animal que ficou ao seu lado durante todo o atendimento era uma fêmea e disse que pretende encontra-la e adotá-la.

“Ela não saiu de perto de mim um minuto. Foi interessante, todo mundo ficou abismado”, contou.

Leidiane saiu do emprego em que trabalha como vigilante e seguia para a Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, em Candeias, onde é recepcionista. O acidente aconteceu na Avenida Ayrton Sena, no bairro de Piedade, por volta das 8h.


A pista estava escorregadia por conta da chuva e ela disse ter feito o possível para não acertar a cadela, que estava no meio da pista.

“Caído eu teria de todo jeito, porque eu freei a moto de maneira muito brusca. Não tinha o que fazer. O chão estava muito molhado por conta da chuva e a moto derrapou. [...] Eu quis ‘livrar’ para não bater nela”, disse.

Leidiane Oliveira com a cadela Amora, de 2 anos e meio — Foto: Robson Batista/TV Globo

Leidiane acredita que o animal pode ter sentido o cheiro da cachorra de estimação dela, Amora, de dois anos e meio. Por isso, se aproximou.

“Quando eu caí, ela veio para perto de mim e começou a me lamber. Aí, me tiraram do meio da pista e me colocaram perto a uma farmácia, numa calçada. Ela ficou o tempo 'todinho' junto de mim”, recordo

A recepcionista disse que a cadela surpreendeu até mesmo os bombeiros que a atenderam. “Quando me colocaram na maca para me levar para a ambulância, ela foi atrás e ficou tentando subir na ambulância. Aí o bombeiro foi e disse ‘meu Deus, essa cachorra está de brincadeira’”, relatou.

Da queda, Leidiane contou que ficou com dor no peito. “Eu não me arranhei porque estava com o blazer da farda e cai de frente no chão. Tive muita falta de ar e uma dor de cabeça que só passou quando tomei medicação na UPA [Unidade de Pronto Atendimento] dos Torrões”, relatou.

De licença médica em casa, no Barro, Zona Oeste do Recife, a recepcionista contou que faz planos de voltar ao local do acidente para tentar localizar a cadela que não a abandonou. “Se encontrar, vou trazer para ser irmãzinha da minha filha”, garantiu.

Por Katherine Coutinho, g1 PE

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