Após a publicação da reportagem, a assessoria de Moro afirmou que o ex-juiz ainda não definiu seu destino como candidato. O GLOBO mantém a informação.
Moro assinou sua filiação ao União Brasil nesta quinta-feira, em um hotel de São Paulo. A decisão de disputar a Câmara dos Deputados ocorreu após reunião com o deputado federal Júnior Bozzella, vice-presidente do União Brasil em São Paulo, e o grupo de Alexandre Leite, filho do presidente da Câmara Municipal, Milton Leite, e antigo presidente do DEM estadual. O coordenador de sua campanha, o advogado Luís Felipe Cunha, também estava presente.
— Moro vem para o União com a expectativa de ser um dos deputados mais votados da história do país. Daremos todas as condições para isso — afirmou Leite, em nota.
Bozzella afirmou, em coletiva de imprensa, que os dirigentes do União têm se esforçado para "montar bases, palanques" em todo o país e aumentar a bancada federal.
Em nota divulgada na tarde desta quinta-feira, membros da Comissão Instituidora do União Brasil, que representa 49% dos membros com poder de voto na legenda, afirmam que "o eventual ingresso de Moro não pode se dar na condição de pré-candidato à Presidência". O grupo, formado por políticos como ACM Neto, Efraim Filho, Agripino Maia e Ronaldo Caiado, frisa que o ex-juiz é bem-vindo para "construir uma candidatura em São Paulo", sem hipótese de concordância com seu nome ao Planalto.
A pessoas próximas, Moro relatou que se sentia "boicotado" pelo partido, já que a presidente do Podemos, Renata Abreu, deixou claro a prioridade em eleger as bancadas no Congresso na eleição deste ano.
Com a confirmação da desistência de Moro e se confirmada também a saída do governados de São Paulo da disputa pela Presidência, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), vê chance de união de partidos em torno de chapa com o nome dele e de Simone Tebet (MDB).
Além de PSDB e MDB, a aliança contaria também com o União Brasil, o Cidadania e o Podemos. A ideia de aliados de Leite é que seja selada uma aliança entre os dois com o compromisso de que a definição sobre quem ficaria com a cabeça da chapa só ocorreria no futuro diante da análise de pesquisas e cenários.
Por O GLOBO
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