A guerra já afetou a importação de algumas matérias básicas para o setor cervejeiro, como o trigo e a cevada, de acordo com Paulo Petroni, presidente da CervBrasil (Associação Brasileira da Indústria da Cerveja) dado que Rússia e Ucrânia são grandes exportadoras de trigo e cevada e devem reduzir o ritmo de produção.
"O prolongamento da guerra, com a redução das exportações de Rússia e Ucrânia, além da problemática de logística, vai trazer problemas e encarecimento das matérias-primas da cerveja", disse.
Segundo ele, outros custos, como a alta da energia e do combustível, também devem pressionar os preços. "O que já sentimos, de uma maneira muito forte, é a questão do custo da energia, tanto da elétrica, como do gás. Subiu muito.".
Como a distribuição é feita por caminhões, o aumento do combustível também pesa bastante no preço final, afirmou.
"O prolongamento da guerra, com a redução das exportações de Rússia e Ucrânia, além da problemática de logística, vai trazer problemas e encarecimento das matérias-primas da cerveja", disse.
Segundo ele, outros custos, como a alta da energia e do combustível, também devem pressionar os preços. "O que já sentimos, de uma maneira muito forte, é a questão do custo da energia, tanto da elétrica, como do gás. Subiu muito.".
Churrasco.
Outro item que o brasileiro adora e que também deverá sofrer pressões inflacionárias por causa do conflito é a carne do churrasco. Segundo a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), o milho e a soja, que representam mais de 70% do custo total de produção, acumulavam altas superiores a 100% nos últimos meses, e agora enfrentam o reflexo do conflito no leste europeu.
"Os produtores têm sentido o peso das dificuldades impostas, e vários estão trabalhando no vermelho. Alguns relatam a diminuição da capacidade de produção frente aos elevados custos da agroindústria", disse Ricardo Santin, presidente da ABPA.
O pãozinho, doces, balas e chocolates também devem ter os preços em alta.
"A guerra deverá reduzir a oferta de trigo no mundo. Além disso, a Ucrânia exporta fertilizantes para o Brasil, o que deverá impactar a oferta de produtos agrícolas por aqui, fazendo com que o preço dos produtos e seus derivados aumente, como pão e massas", disse Johnny Mendes, professor de economia da Faap.
"A situação tem afetado principalmente a cadeia produtiva do amendoim, visto que 48% das exportações brasileiras do grão têm como destino Rússia e Ucrânia. Estamos acompanhando atentamente os desdobramentos do conflito e, paralelamente, estudando cenários e possíveis soluções para minimizar o impacto negativo no setor", afirmou, em nota,
UOL, de São Paulo.
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