De maneira simbólica, a cor verde significa esperança, saúde e vitalidade. O verde também está associado à renovação. É a cor que, pela primeira vez em 20 meses, toma conta do mapa da covid-19 da Fiocruz, que monitora os indicadores do coronavírus no Brasil. O verde sinaliza um cenário de otimismo diante do atual momento da pandemia, com taxas de ocupação em queda no que se refere a leitos públicos de terapia intensiva (UTI) para adultos com sintomas respiratórios.
Atualmente, com taxas inferiores a 60%, todos os Estados brasileiros e o Distrito Federal estão fora da zona de alerta para o indicador dos leitos. O boletim da Fiocruz é referente ao período de 6 a 19 de março.
O sentimento de esperança nos faz reforçar o viva à ciência, a todos que têm se dedicado diuturnamente à pesquisa, à assistência, ao tratamento e ao desenvolvimento das vacinas. Por sinal, não há dúvidas de que só temos esse panorama epidemiológico atualmente por causa da imunização contra covid-19. Antes da campanha de vacinação, tínhamos muitas perdas e incertezas. Com a ampliação da cobertura, a realidade começa a mudar. Os dados atuais mostram 82% da população brasileira com a primeira dose, 74% com a vacinação completa e 34% com a dose de reforço. Esta última, sim, ainda precisa de uma maior adesão.
Mas não tem sido fácil, em meio ao negacionismo e obscurantismo, defender a ciência. Vivemos toda esta pandemia sem uma campanha oficial de esclarecimento, sem articulação da União com o Estados,
sem o incentivo à vacinação por parte de autoridades. Mas, ainda assim, a ciência mostra que não se deixa demolir. Universidades, organizações não governamentais, entidades médicas e profissionais de saúde (muitos deles por iniciativas pessoais) lançaram ações próprias para prevalecer diante da negligência federal no combate à pandemia, da negação das vacinas e da teimosia para promover tratamentos contra a covid-19 sem comprovação científica.
É por isso que, se vivemos um momento mais tranquilo hoje, devemos ser gratos à ciência, ao todos que fazem parte do Sistema Único de Saúde (SUS) e a quem se mobiliza para pesquisar, compartilhar informações confiáveis e mensagens claras para a sociedade.
A confiança em dias menos duros com a covid-19 também desponta quando se analisa a queda nos índices da covid-19 em Pernambuco. Além dos casos, óbitos e solicitações de vagas em UTI estarem em patamares baixos, o índice de positividade nos exames processados (RT-PCR) chegou a 0,95%, a menor taxa desde o início da pandemia no Estado.
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