Vitaminas essenciais
Já prevendo a exposição indesejada ao vírus, é importante nutrir o corpo de vitaminas essenciais. Elas agirão diretamente no fortalecimento do sistema imunológico. Por definição, imunidade nada mais é que a “resistência natural ou adquirida de um organismo vivo a um agente infeccioso ou tóxico”. Em outras palavras, é a proteção e defesa da saúde ou do corpo do ser humano a agentes que podem provocar doenças.
Segundo estudo de Christ, Lauterbach e Latz em 2019, 80% das mortes em países ocidentais foram causadas por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), como síndrome metabólica associada à obesidade, Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), esteatose hepática não alcoólica, doenças cardiovasculares, Alzheimer e alguns tipos de câncer. Em pesquisa desenvolvida pela Bloomberg sobre os países mais saudáveis do mundo, o Brasil também não desponta. O país figura em 76.º lugar, atrás de alguns vizinhos sul-americanos como o Chile (33º), Uruguai (47º) e Argentina (54º).
O estudo realizado em 2020 e publicado pela Multidisciplinary Digital Publishing Institute (MDPI) mostra que as vitaminas A, B6, B9, B12, C, D e E, assim como os minerais zinco, selênio e magnésio, são essenciais no suporte do sistema imunológico, e suas deficiências podem aumentar a vulnerabilidade a doenças.
“Isso porque esses micronutrientes são fundamentais na manutenção da integridade estrutural e funcional de barreiras físicas, como pele e mucosa. E também em atividades que eliminam os patógenos – em outras palavras, organismos capazes de causar doenças, como processos fagocíticos e matadores de neutrófilos e macrófagos. Ou seja, os processos naturais do organismo nos quais as células de defesa do corpo eliminam invasores”, explica a Dra. Karla Maciel, nutricionista e consultora da Jasmine Alimentos.
Com os alimentos certos
Para facilitar a vida, vale saber que a vitamina A está nos vegetais amarelos e alaranjados, tais como cenoura, abóbora, damasco, pêssego, além de laticínios derivados do leite integral, gema de ovo e fígado. Já as vitaminas do complexo B estão nas sementes de girassol, no arroz, no avelã, no feijão, na lentilha, nos ovos, nas carnes bovina e suína, além dos produtos lácteos.
Para completar a lista, as vitaminas C e D são comuns em acerola, laranja, limão, couve e peixes. Por último, as fontes de vitamina E são as oleaginosas como amêndoas, nozes, gérmen de trigo, azeite de oliva e semente de girassol.
Propriedades ativas
Ainda no quesito da imunidade, as frutas não dão conta sozinhas. Um estilo de vida voltado para a prática de exercício físico, boa noite de sono e vida longe do estresse integram o pacote. Segundo a médica homeopata Diana Campos, especialista em medicina integrativa, a natureza deve ser utilizada ao nosso favor, das mais diversas formas. “O banho de sol, mesmo em um dia nublado, estimulará a produção da vitamina D, que, na verdade, se transporta em um hormônio ativo, na qual várias pesquisas comprovam o poder de aumentar a imunidade natural”, detalha.
A forma de aproveitar os alimentos também deve ser levada em conta. “Consumir todos os alimentos vivos, principalmente os legumes e vegetais como brócolis, couve e repolho em forma de sopa. Usar o caldo natural do frango caipira com osso, porque, ao ferver, vai liberar um aminoácido chamado cisteína, que fluidifica as secreções. Aproveite para colocar nesse caldo alho, cebola e cheiro verde”, ensina.
De acordo com a especialista, os chás naturais quentes ajudam a acalmar os brônquios, também melhorando as secreções. “ Hortelã, ou qualquer outra folhinha verde morna pode se tornar um chá com canela e um pouco de gengibre, que é um imunoestimulante, sendo adoçado com mel de boa qualidade”, destaca. A lista ainda inclui o chá da casca da romã, que libera antioxidantes como flavonoides e taninos.
Por Edi Souza
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