A posição vai na contramão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), autoridade máxima sanitária do Brasil e também contraria a posição das principais entidades e autoridades em saúde do mundo, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).
Além das agências atestarem a eficácia e segurança da vacina, todas contra-indicam o uso de medicamentos do kit covid, como cloroquina, ivermectina e hidroxicloroquina contra a covid. Atualmente, outras substâncias como prednisona e ibuprofeno, por exemplo, são indicadas para o tratamento de covid.
Angotti Neto ainda criticou o protocolo da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Segundo ele há uma discrepância no ‘’rigor científico’’ para diferentes métodos de tecnologia. Ou seja, segundo o secretário, a Anvisa teria sido extremamente exigente para avaliar o uso do kit covid e permissiva com relação à aprovação da vacina. "A hidroxicloroquina sofreu avaliação mais rigorosa do que aquela feita com tecnologias diferentes", publicou no documento.
O secretário disse ainda que a decisão do Conitec em assinar parecer contra o kit covid foi devido um ‘’grande tumulto que pode ter pressionado membros da Conitec".
Após a divulgação da nota técnica, o secretário Hélio Angotti Neto foi convocado para prestar esclarecimentos sobre a informação na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal.
Por Correio Brziliense
Essa nota técnica emitida pelo secretário do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, é contrária ao entendimento da Associação Médica Brasileira (AMB), da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e da própria Organização Mundial de Saúde (OMS).
ResponderExcluirPara que se tenha uma ideia, em 2020, o nosso Ministério da Saúde expediu nota informativa nº 17/2020-SE/GAB/SE/MS com orientações para manuseio de medicamentos no tratamento precoce de pacientes com Covid-19, incluindo a indicação de dosagem de medicamentos como Difosfato de Cloroquina, Azitromicina e Sulfato de Hidroxicloroquina.
Diante dos riscos aos pacientes, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) oficiou ao Ministério da Saúde requerendo que fossem revogadas todas as orientações e notas técnicas expedidas pelo MS que incentivassem o uso de medicamentos para Covid-19 por não haver eficácia e segurança de medicação comprovada e aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com o presidente do CNS, Fernando Pigatto, o Conselho é absolutamente contra a indicação de qualquer medicamento para tratamento da Covid-19 sem eficácia comprovada. “Estamos orientando por ofício o Ministério da Saúde PARA QUE SEJAM REVOGADAS QUAISQUER PUBLICAÇÕES QUE ORIENTEM O TRATAMENTO PRECOCE”, disse ele na ocasião.
Da mesma forma, Débora Melecchi, coordenadora da Comissão Internacional de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica (Cictaf) do CNS, disse que “não há até o momento qualquer evidência científica de medicamentos para tratamento precoce da Covid-19”.
Hoje, passados cerca de dois anos desde o início desse confronto de teses sobre hidroxicloroquina, o nosso “glorioso” Ministério da Saúde, na contramão da comunidade científica nacional e internacional, vem mais uma vez reacender essa discussão que já deveria estar sepultada à vista dos inúmeros pareceres técnico-científicos contrários emitidos OMS, ANVISA, CNS, SBI, AMB, mencionados acima, além da FDA e EMA, como bem referido na matéria em pauta, entre outros.
E nós outros, meros mortais pecadores e leigos, a propósito dessa discussão, em quem devemos confiar ??
Na comunidade científica nacional e internacional ou no seu Hélio?!!