Segundo a estatal, o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro. No caso do diesel, o preço subirá de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro.
Desde janeiro do ano passado a gasolina acumula alta de 77% e o diesel, de 78,7%, nas refinarias.
Em confronto aberto com o presidente Jair Bolsonaro, a Petrobras informa que os reajustes são uma forma de “garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”.
Por meio de nota, a empresa reforça seu “compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, acompanhando as variações para cima e para baixo, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”.
Motoristas estão desesperados
Na mesma nota, a estatal destaca que os últimos aumentos ocorreram no dia 26 de outubro do ano passado. “Desde então, os preços praticados pela Petrobras para a gasolina foram reduzidos em R$ 0,10 litro em 15/12/2021, e permaneceram estáveis para o diesel.”
Segundo a empresa, a alta de preços para as distribuidoras representa apenas parte do preço final pago pelo consumidor na bomba. Isso quer dizer que o valor final nas bombas é muito maior. No Distrito Federal, a gasolina é vendida por quase R$ 7.
“Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,26, em média, para R$ 2,37 a cada litro vendido na bomba”, detalha a Petrobras.
Entre os motoristas, a decepção é grande. “Sinceramente, não sei o que vou fazer com mais esse aumento da gasolina”, afirma Antônio Selvati, 42 anos, que faz transporte por meio de aplicativos. “Os preços dos combustíveis se tornaram um tormento para quem vive do trânsito para sobreviver”, acrescenta.
Por Correio Braziliense
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