A autorização do esquema heterólogo, ou seja, a mistura de vacinas de fabricantes diferentes, foi anunciada em coletiva, na sede da Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE), no bairro do Bongi, na Zona Oeste no Recife.
Participaram o secretário de Saúde, André Longo, e a Superintendente de Imunizações do estado, Ana Catarina de Melo.
Segundo Longo, a medida foi tomada, porque, neste momento, "não há segurança de quando chegará um número de doses suficiente da Janssen".
" É seguro o esquema heterólogo [mistura de vacinas]. Estamos autorizando os municípios a aplicar, na falta de vacina da Janssen, a vacina da Pfizer”, destacou André Longo.
Ele lembrou que Pernambuco recebeu, na quarta-feira (8), 19.450 unidades do imunizante da Janssen, o que representa apenas 11,2% da quantidade de pessoas que tomaram esse tipo de vacina no estado, que foi de 173.073.
Após o anúncio, o Recife liberou o agendamento para quem tomou o imunizante. A prefeitura informou que já é possível agendar no Conecta Recife e que a dose de reforço com a Janssen será aplicada enquanto durar o estoque dessa vacina, a partir de então será aplicado o imunobiológico da Pfizer.
Nesta quinta, a capital recebeu uma remessa com 6.480 doses do imunizante da Janssen. A aplicação começa na sexta (10).
Segundo Ana Catarina Melo, pessoas de todas as cidades do estado tomaram o imunizante de dose única, incluindo o arquipélago de Fernando de Noronha.
"O reforço para quem tomou Janssen deve ser aplicado em um prazo entre dois e cinco meses. O intervalo mínimo é de 60 dias. Algumas destas pessoas tomaram o imunizante há seis meses. Por isso a urgência na dose de reforço", destacou.
Além disso, a Superintendente de Imunizações do estado lembrou que ainda há mais de 500 mil pessoas em Pernambuco com a dose dois em atraso. "A gente precisa que essas pessoas sejam vacinadas o quanto antes”, disse.
Passaporte
Na entrevista, André Longo afirmou que a Secretaria Estadual de Saúde apoia as recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que o governo federal mude as exigências para a entrada no Brasil, com a cobrança do comprovante das duas doses de vacinação para turistas e viajantes.
“Seria muito mais seguro para o país, se a gente tivesse a adoção dessa medida em todos os aeroportos, como em Fernando de Noronha”, disse.
No ofício, a Anvisa destaca que a apresentação do comprovante de vacinação "é um importante requisito para ingresso ao país e ainda mais necessário diante da identificação da variante ômicron em território nacional e do consequente esforço para a sua contenção" (veja vídeo abaixo).
O secretário também comentou a exigência da quarentena de cinco dias para os viajantes que entrarem no Brasil, por via aérea, a partir de sábado (11).
“Vamos precisar da listagem de passageiros e fazer uma articulação com a Anvisa local para ver o papel que vai caber nesse procedimento. Gera um problema operacional. Vai ter que controlar o local, para depois de quatro ou cinco dias fazer o exame e liberar ela para circular. Em vez de uma facilidade, cria uma dificuldade”, criticou.
Por G1 PE
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