Além dos três partidos de cada prefeito, a oposição conta com Cidadania, Podemos, Patriota e PSC, todas legendas de pouco tempo de televisão e pouca representatividade eleitoral. Não há, por enquanto, nenhum indicativo de que a Frente Popular perderá apoios para a oposição, o que denota a força do grupo liderado pelo PSB que comanda a capital pernambucana com o bem-avaliado João Campos e detém mais de 100 prefeituras entre os partidos de toda a coligação governista.
Se do ponto de vista político há uma dificuldade muito grande em busca da unidade oposicionista, a conjuntura eleitoral também atua contra a oposição, haja vista que a Frente Popular terá o ex-presidente Lula em seu palanque, enquanto a oposição tem medo de apresentar Bolsonaro e tem dificuldades de encontrar alternativas competitivas para garantir palanque no estado.
A disputa proporcional é outro fator de fragilidade da oposição, na disputa de 2018 apenas André Ferreira figurou entre os mais votados daquele pleito, os outros ou estavam na Frente Popular ou migraram para o grupo liderado pelo PSB, isso sem contar com outros elementos que jogam contra a oposição como a falta de material humano para difundir o projeto do grupo, sobretudo na condição de fragmentação que está posta com pelo menos três candidaturas.
Faltando cinco meses para a desincompatibilização dos prefeitos que serão candidatos em 2022, a oposição tem pouco horizonte de melhora até lá, e precisará se reinventar como nunca para evitar a quinta derrota seguida para o PSB em disputas pelo governo de Pernambuco.
*Coluna da Folha desta terça-feira
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