Uma operação realizada nesta quarta-feira (17) pela Polícia Civil prendeu 16 pessoas por crimes como homicídio, tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Entre os presos, estão servidores e ex-funcionários do governo de Pernambuco, do Ministério Público de Pernambuco e do Poder Judiciário.
Esta é a segunda fase da Operação Tarrafa, deflagrada em 2017, quando 41 pessoas foram detidas ao longo de nove meses de investigação. Desta vez, foram cumpridos 15 mandados de prisão e 27 de busca e apreensão em cidades do Grande Recife, Agreste e Sertão de Pernambuco.
Carro, moto e armas foram apreendidos pelos policiais. Houve também uma prisão em flagrante, além do bloqueio de recursos dos investigados.
De acordo com o delegado Ramon Teixeira, gestor adjunto do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco), essa nova fase de investigações começou em novembro de 2019.
“A operação original foi deflagrada em abril de 2017. Esta é a segunda fase para desarticulação desse grupo nessa atuação voltada a lavagem de dinheiro, crimes de colarinho branco. A quadrilha tem ex-policiais militares, policial militar reformado, policial civil, bombeiro militar, servidor do Ministério Público, servidor do Poder Judiciário”, disse o delegado.
Ao todo, 200 policiais participaram da operação, entre delegados, agentes e escrivães. “A investigação evidenciou um grupo criminoso bastante articulado no poder público. Há uma atuação voltada a prática de crimes violentos e também a de autores intelectuais. Mas houve uma minoria de identificados ainda na ativa”, afirmou Ramon Teixeira.
Ainda segundo o delegado, a quadrilha era extremamente articulada e movimentava milhões de reais com dinheiro originário do tráfico de drogas e da associação para o tráfico, além de corrupção passiva.
Ele também informou que essa organização criminosa tinha um núcleo financeiro para a lavagem de dinheiro, ocultação de bens e aplicação do dinheiro em empresas e negócios de fachada. O núcleo violento da organização era responsável pela realização de cobranças.
O delegado afirmou, ainda, que a maioria dos mandados cumpridos nesta quarta-feira foram em imóveis residenciais. “Foi para a apreensão de documentos que possam ajudar nas investigações", contou.
O g1 entrou em contato com o governo estadual, o MPPE e o Tribunal de Justiça de Pernambuco, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.
G1 PE
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