Os secretários adjuntos de Funchal e de Bittencourt também pediram demissão.
A pasta disse que a decisão é pessoal. De acordo com fontes do ministério, a decisão foi tomada porque o governo fechou acordo com o Congresso para mudar o teto de gastos para pagar um Auxílio Brasil (novo Bolsa Família) de R$ 400. Os secretários que pediram demissão são contra as mudanças.
"Funchal e Bittencourt agradecem ao ministro pela oportunidade de terem contribuído para avanços institucionais importantes e para o processo de consolidação fiscal do país", afirma a nota.
A secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo, também pediram exoneração de seus cargos, por razões pessoais.
Os pedidos foram feitos de modo a permitir que haja um processo de transição e de continuidade de todos os compromissos, disse o ministério.
Funchal e Bittencourt eram os donos do cofre e responsáveis pela área fiscal do governo. A decisão foi tomada pela decisão governo governo de furar o teto de gastos para pagar o Auxilio Brasil de R$ 400.
A decisão de ambos de pedirem demissão foi vista com surpresa com colegas do Ministério da Economia, que não esperavam que isso a saída de deles fosse anunciada agora.
Antes de assumir a secretaria do Tesouro e Orçamento, o economista Bruno Funchal foi secretário de Fazenda do Espírito Santo em 2017 e 2018, estado considerado um dos principais exemplos de cuidado com as contas públicas.
Foi um dos articuladores da proposta de socorro a estados e municípios por conta da pandemia, que gerou atritos entre o governo e o Congresso.
Funchal também participou da elaboração da proposta do novo Pacto Federativo, apresentado pelo governo no fim do ano passado.
Funchal era uma das pessoas que mais resistiam à ideia inserida no relatório da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que altera a sistemática de pagamentos de precatórios — decisões finais da Justiça contra a União.
A proposta também revisa teto de gastos e abre espaço para uma despesa extra de R$ 83 bilhões no próximo ano, o que e permitirá ao governo gastar mais em 2022, ano eleitoral. Além disso, a proposta permite um gasto de até R$ 15 bilhões fora do teto em 2021.
O Globo
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