terça-feira, outubro 12, 2021

Presidente Jair Bolsonaro visita Aparecida no Dia da Padroeira e ouve aplausos e vaias


Presidente Jair Bolsonaro visita Aparecida no Dia da Padroeira — Foto: Peterson Grecco/TV Vanguarda


Ao final de missa em Aparecida, Bolsonaro posou sem máscara no altar com os ministros da Cidadania, João Roma, da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes (à direita), e o Padre Américo Dalbelo (ao centro) — Foto: Tiago Bezerra/ TV Vanguarda

O presidente Jair Bolsonaro visitou o Santuário Nacional, maior templo católico do país, na tarde desta terça-feira (12), Dia de Nossa Senhora Aparecida. Ele chegou à Basílica por volta de 13h30, foi recebio por muitos aplausos e algumas vaias e participou de uma missa em homenagem à Santa.

Na chegada ao local, o presidente usava máscara de proteção contra Covid. Na missa das 14h, ele fez uma leitura e tirou a máscara só neste momento. O presidente comungou e participou da consagração da imagem de Nossa Senhora Aparecida.
Durante a cerimônia, Bolsonaro aparentava cansaço e chegou a ficar com os olhos semiabertos durante um trecho.

Depois do encerramento da missa, o presidente subiu no altar e tirou uma foto com o arcebispo Dom Orlando Brandes usando máscara. Na sequência, retirou o item de proteção e posou para uma nova foto com o ministro da Cidadania, João Roma, o padre Américo Dalbelo e o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes.

Muitos romeiros se aglomeraram na saída do presidente do local (veja vídeo mais abaixo). Ele foi embora de helicóptero às 15h47.

O presidente estava em Guarujá, no litoral paulista, desde sexta-feira (8) e foi para Aparecida de helicóptero. Até o momento da viagem, não havia previsão dela na agenda oficial do presidente.


Em Aparecida, presidente Bolsonaro retirou a máscara de proteção contra Covid apenas para fazer leitura durante missa — Foto: Gustavo Marcelino

Mais cedo, na principal cerimônia do dia, o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, defendeu uma pátria sem armas e também pediu 'uma República sem mentira e sem fake news'.

"Para ser pátria amada, seja uma pátria sem ódio. Para ser pátria amada, uma república sem mentira e sem fake news. Pátria amada sem corrupção. E pátria amada com fraternidade. Todos irmãos construindo a grande família brasileira", disse o religioso durante o sermão.

"Pátria amada" é o slogan do governo de Jair Bolsonaro. O religioso não citou Bolsonaro, mas presidente é favorável ao armamento da população e é investigado em inquérito sobre disseminação de informações falsas.

No sermão, o Brandes lamentou as mais de 600 mil mortes por Covid e defendeu a vacina e a ciência – ao longo da pandemia, Bolsonaro defendeu medicamentos comprovadamente ineficazes contra a doença e questionou a eficácia das vacinas.

"Mãe Aparecida, muito obrigado porque na pandemia a senhora foi consoladora, conselheira, mestra, companheira e guia do povo brasileiro que hoje te agradece de coração porque vacina sim, ciência sim e Nossa Senhora Aparecida junto salvando o povo brasileiro."

Brandes citou, ainda, a fome, lembrando o caso de brasileiros que buscam restos de carne em ossos pra se alimentar. E pediu união.

"Quero pedir que cada um de nós abrace o Brasil. Abrace o nosso povo. A começar pelo povo mais original, vamos abraçar os nossos índios, primeiro povo dessa terra. Vamos abraçar os negros, que logo vieram fazer parte desta terra. Vamos abraçar os europeus que aqui chegaram."

G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários são publicados somente depois de avaliados por moderador. Aguarde publicação. Agradecemos a sua opinião.