O presidente Jair Bolsonaro já tinha dito na tarde desta sexta-feira em entrevista coletiva com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que o aumento do preço da gasolina era iminente. E ressaltou que os preços no Brasil refletem os aumentos no exterior. No entanto, segundo dados da Abicom, associação que reúne as importadoras, a defasagem na gasolina está em 15% e no diesel em 18%.
No caso da gasolina, o preço médio do litro subiu 0,61% nas duas últimas semanas, passando de R$ 6,321 para R$ 6,36. É, assim, a décima segunda semana seguida entre altas e estabilidade nos preços. No ano, acumula avanço de 41,96%.
Em alguns estados do Brasil, a gasolina já é vendida a R$ 7,46, para a atual semana (17 a 23 de outubro). Oito estados já estão acima do patamar de R$ 7.
Segundo a ANP, Rio Grande do Sul tem preço máximo de R$ 7,469 por litro de gasolina. Na lista, estão ainda Rio de Janeiro (R$7,399), Piauí (R$ 7,159), Paraná (R$ 7,090), Minas Gerais (R$ 7,099), Mato Grosso (R$ 7,047), Ceará (R$ 7,10) e Acre (R$ 7,30).
No diesel, a alta foi de 0,26% nas duas últimas semanas, passando de R$ 4,976 para R$ 4,983, destacou a ANP. No ano, a alta chega a 38,18% na bomba.
O gás de botijão (GLP, de 13 quilos) chegou a R$ 101,96, maior que os R$ 100,44 da semana passada. É uma alta de 1,51% na semana. No ano, o avanço chega a 36,4%, diz a ANP.
Apenas em oito locais o preço está abaixo dos R$ 100 — como em Sergipe, Rio de Janeiro, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Rio de Janiero, Distrito Federal e Alagoas. Entre os preços máximos, o GLP já é encontrado a R$ 130 em São Paulo e no Rio Grande do Sul, Rondônia e Mmatro Grosso sai a até R$ 135.
O aumento ocorre em meio ao temor de desabastecimento no país. Uma manifestação de caminhoneiros representantes das transportadoras trouxe problemas de abastecimento de postos do Rio de Janeiro, Minas e São Paulo.
A paralisação ocorre após a Petrobras afirmar que não iria conseguir entregar todos os pedidos para novembro, gerando rumores de que poderia ocorrer um desabastecimento. Mas a Agência Nacional do Petróleo (ANP) nega que haja esse risco no momento.
Segundo especialistas, novos reajustes podem ocorrer por conta do avanço do dólar, que nessa sexta-feira ultrapassou os R$ 5,71, e do aumento do preço do barril de petróleo no mercado internacional desde os últimos reajustes anunciados pela Petrobras, entre o fim de setembro e início de outubro.
O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são publicados somente depois de avaliados por moderador. Aguarde publicação. Agradecemos a sua opinião.