sábado, outubro 09, 2021

PETROLÃNDIA E NOSSA HISTÓRIA: Conheça a história de Maria Zizuina dos Santos e da professora Adeilde


História de: ZIZUINA
Autor: Paula Rubens
IGH - Instituto Geográfico e Histórico de Petrolândia

IGH - Instituto Geográfico e Histórico de Petrolândia
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Mais um brinde de agradecimento entregue pela participação no Concurso Petrolândia e Nossa História. Desta vez os nossos agradecimentos foram para Maria Zizuina dos Santos Nascimento, que nos brindou com sua história de vida e história do Brejinho, local onde nasceu e de onde se originam muitas das famílias tradicionais de Petrolândia.

Este é um dos textos selecionados no Concurso PETROLÃNDIA E NOSSA HISTÓRIA , promovido pelo IGH de Petrolândia por ocasião do seu 7o ano de atividade e dos 112 anos de aniversário da cidade. Nele Zizuina nos conta sobre a formação do Brejinho da Serra, comunidade que formou o povo de Petrolândia.

HISTÓRIA COMPLETA

No Brejinho da Serra,em 28/10/1965 eu, Maria Zizuinados Santos nasci. Sou filha de Maria das Graças dos Santos e José Manoel dos Santos ambos nascidos e criados no Sitio Brejinho da Serra.

Aos 5 anos de idade eu sai do Brejinho da Serra para acompanhar minha família meus pais e 2 irmãos, em busca de melhores condições de vida. Meu pai foi trabalhar em Paulo Afonso na empresa DNR e por vários anos mudávamos de cidade em cidade devido sua profissão. Moramos em várias cidades, Salgueiro, Petrolina, Recife, Floresta e por fim ele se aposentou e então nos anos 70 voltamos para morar na velha Petrolândia eu já com 14 anos de idade e meus 6 irmãos.

Em Petrolândia já residiam alguns parentes, minha família foi morar em uma casa na rua, Marquês de Olinda próximo da igreja São Francisco de Assis. Víamos todo o movimento que acontecia na igreja: casamentos, batizados e os festejos da festa de São Francisco de Assis em 04 de outubro.

Na cidade estudei na escola de Jatobá até a sexta série. Com 19 anos me casei com Zacarias Batista do Nascimento morador do sítio Brejinho da Serra e fomos morar na cidade livre, hoje jatobá, tive 03 filhos e aos 26 anos voltei a morar novamente no Brejinho da Serra onde vivo até hoje.

Sou funcionária da Escola Municipal Elvira Pereira onde atuo como merendeira hà 25 anos, aqui vivendo muitas e lindas histórias com as crianças e jovens que crescem, formam suas famílias e trazem seus filhos para estudarem na mesma escola que eles estudaram.

Há alguns anos venho me interessando em conhecer melhor a história da minha família e do lugar onde vivo. Na história de Petrolândia faz-se uma referência ao Brejinho da Serra como a primeira fazenda do lugar, e não se encontra mais nenhum relato sobre esta comunidade que é de grande importância histórica para o município, pois desta fazenda, hoje sítio, descende a maioria da população que vivia na velha cidade.

Pesquisando sobre a história da comunidade descobri que na época da colonização no século XVII chegaram aqui quatro portugueses, José Correia Mauricio, Joaquim de Almeida Leal, Joaquim Rodrigues e André de Souza. José Correia Mauricio casou-se com a filha da índia Juliana, Jussarana e dessa união surgiu a população do Brejinho da Serra. Joaquim de Almeida Leal ficou no Brejinho de Fora e Joaquim Rodrigues, segundo alguns relatos foi morar na várzea redonda. De acordo com relato de alguns idosos da comunidade os portugueses vieram a procura de nascentes de água para fazer suas habitações próximas e fazer bebedouro para o gado.

Ainda estou pesquisando a história desta comunidade que é tão importante para cultura do nosso município. Já encontrei os livros dos petrolandenses, José Isidoro da Silva que escreveu “ A serra e o rio” que conta alguns causos do Brejinho e de sua família, este filho do Brejinho da Serra. E Gilberto Meneses que escreveu o livro "De Jatobá A Petrolândia", que conta a historia de Petrolândia e traz alguns relatos do Brejinho e falas dos Brejinheiros.

O Brejinho teve três nomes, Brejo das taboas, Brejinho de fora e por fim Brejinho da Serra, segundo relatos de alguns idosos da comunidade, esta foi fundada no dia 20 de janeiro de 1783, completando no ano de 2021 seus 238 anos.

Hoje aos meus 55 anos de idade, continuo morando nesta maravilhosa comunidade do nosso município com meu espos. Meus filhos Sheila Batista do Nascimento, Shirleide Batista do Nascimento e Diego Batista do Nascimento residem na sede da cidade com suas famílias, e eu com certeza quero aqui viver para o resto da minha vida. Cada dia procurando saber mais da sua história.

Amo minha Petrolândia, amo meu Brejinho da Serra e minha origem.

Blog de Assis Ramalho
Por: Paula Francinete Rubens de Menezes - Educadora, Escritora e Presidenta do IGH - Instituto Geográfico e Histórico de Petrolândia


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História de: PROFESSORA ADEILDE
Autor: Paula Rubens

Conhecer a história da professora Adeilde é saber um pouco mais sobre a história da educação em Petrolândia. Este texto foi um dos participantes do Concurso PETROLÂNDIA E NOSSA HISTÓRIA promovido pelo IGH de Petrolândia por ocasião do seu 7o ano de atividade e em celebração aos 112 anos da cidade, em 09.07.2021.

HISTÓRIA COMPLETA

A MAIS NOVA APOSENTADA DA EREM DE JATOBÁ- PETROLÂNDIA-PE.

A minha missão como PROFESSORA, o ciclo conclui -se aqui e agora, com a efetivação da minha segunda aposentadoria; no entanto, o professor é eterno! Cerca de 50 anos meus, dedicados totalmente à EDUCAÇÃO. PROFESSORA POR FORMAÇÃO E VOCAÇÃO.

Aos 8 anos de idade, o meu sonho em ser professora, iniciava-se no Grupo Escolar Delmiro Gouveia, em Petrolândia-PE; onde a minha professora da 2a. série, do antigo curso Primário, era linda, tinha uma pele rosada, braços peludos, minha querida, a saudosa Ceci Ovídio. Ao final da aula, os alunos saiam, menos eu, ela presenciava sempre, eu juntar os pedacinhos de giz, no canto do quadro, para levar para minha casa, e eu a dizer -lhe que era para " brincar de professora", daí o meu desejo era despertado. Para a minha imensa alegria e felicidade, Dona Ceci passava agora, a colocar um giz inteiro, junto aos cotoquinhos em minhas pequenas mãos.

Segue, o meu curso Primário, o Exame de Admissão ao Ginásio, com provas oral e escrita, um verdadeiro vestibular, o curso Ginasial (Ginásio Municipal de Petrolândia) e nessa mesma entidade o meu 1o. Ano Normal (Colégio Normal Municipal de Petrolândia). Por conta de um grande amor proibido, minha mãe arma uma estratégia, sem eu tomar conhecimento, com o seu irmão que residia em Recife, afastando-me e para lá eu fui dar continuidade ao meu curso Normal. Saudosa e alegre parti.

Modéstia à parte, eu sempre fui uma aluna inteligente, responsável; nunca fui CDF (cu de ferro), mas também nunca fui reprovada em toda a minha vida estudantil (do curso Primário até a Pós Graduação em História). Naquela época, não era qualquer pessoa que queria e/ou poderia estudar na capital, daí minha alegria. Em 1970, concluí o curso Normal. Voltei e o meu sonho concretizei. Aprendi e cresci. "Vim, Vi e Venci!"

Professora do MOBRAL- Movimento Brasileiro de Alfabetização - 1971; professora municipal - 1973 a 1978 (Colégio Normal Municipal de Petrolândia); professora chesfiana de 1979 a 2001(Escola Itaparica/CHESF ) e (Colégio Paulo Afonso - COLEPA/CHESF- Paulo Afonso-BA).

Em 1992, a Escola Itaparica/CHESF é doada ao Estado de Pernambuco (Secretaria de Educação), passa -se a denominar Escola Estadual de Itaparica, assim sendo, o administrador da CHESF, decide deixar nós professores chesfianos, que morávamos em Petrolândia, cedidos ao Estado, antes de sermos remanejados para o COLEPA- Colégio Paulo Afonso/ CHESF.

Durante o período na Escola Estadual de Itaparica, sob a gestão da minha querida Rita Rejane, foram 4 anos maravilhosos de enriquecimento profissional e companheirismo, vivenciei a experiência de coordenadora dos professores estaduais, municipais (cedidos) e chesfianos, de 1a. a 4a. séries. Confesso, que após o meu pedido insistente à gestora, voltei para a sala de aula, pois lecionar, é isso que amo, com paixão, fazer!

Em janeiro de 2001, acontece a minha primeira aposentadoria, na empresa Companhia Hidrelétrica do São Francisco - CHESF; professora estadual de Pernambuco - 1993 a 2000 (Escola de Jatobá Ensino 1o. e 2o. Graus-Petrolândia- PE); professora estadual de Pernambuco-2001 a 2011 (Escola Educador Paulo Freire-Recife- PE).

Aos 60 anos de idade, fui submetida a teste seletivo e ganhei uma bolsa do governador do Estado, o saudoso Eduardo Campos, para cursar a Pós Graduação em História pela UFRPE- Universidade Federal Rural de Pernambuco. Retorno , em 2012, para a minha cidade natal e à Escola Estadual de Jatobá, atual Escola de Referência em Ensino Médio de Jatobá - EREM DE JATOBÁ- minha muito amada "Família Jatobá!"

Hoje, 30/06 2021, recebo com um misto de felicidade e tristeza (?) saudade, a notícia enviada para mim, pela gestora, a minha querida Audrey Clécia, assim: "A mais nova aposentadada da EREM de Jatobá " e com belas e carinhosas palavras que me fizeram chorar. Sigo, o meu caminho, com a certeza do meu dever cumprido.

Procurei sempre dar o melhor de mim, sendo assim em tudo o que proponho-me a fazer. Criei e aumentei os meus laços de amizade, por onde andei, boas amizades, isso é um dos sentidos da vida. Aos meus queridos alunos, todos e todas, gratidão por eu ensinar e aprender com vocês, saudades e a felicidade por saber que a sementinha que eu plantei em todos, quando bem germinada, foi de conhecimentos, sabedoria, respeito, amor, tornando-os verdadeiros cidadãos e cidadãs; isso para mim, é imensamente gratificante e não há preço!

Aos meus colegas de profissão, não citarei nomes, todos e de todas as instituições por onde passei, eterna gratidão pelas trocas de experiências, conhecimentos adquiridos, e sobretudo, amizades. Encontra-nos- emos, um dia, pelos caminhos da vida. Saudades! Saudades! Saudades! Sintam -se todos e todas, por mim, abraçados!

"...AMIGOS EU GANHEI SAUDADES EU SENTI PARTINDO... SE CHOREI OU SE SORRI, O IMPORTANTE É QUE EMOÇÕES EU VIVI. "

Que Deus me conserve com saúde e paz, para que eu possa seguir a minha caminhada, juntamente com as pessoas que eu amo. A minha nova etapa de vida será fazer o que seja prazeroso para mim, cuidar do meu jardim, meus bordados Ponto Cruz e outros, Crochê, Tricô, Fuxico do Bem e outras coisitas mais, não esquecendo os meus deveres religiosos, o meu Deus, minha fé, é óbvio. Sem deixar de mencionar, o meu lado profano, os meus wiskys, as minhas farrinhas, em casa, por enquanto, e quando a pandemia baixar ou cessar o fogo, irei alçar outros voos, curtir praia, teatro, dança, academia, shoppings, entre outros, "deixar a vida me levar." "

APOSENTADORIA significa poder aproveitar o melhor da vida." A VIDA é efêmera e para mim, é HOJE, AGORA, JÁ e É PRA SER VIVIDA!

Que Deus nos abençoe poderosamente, hoje e sempre! Amém! Beijos carinhosos, saudosos e virtuais!
Eternamente professora: Adeilde Maria Alencar Lima e Sá.

Blog de Assis Ramalho
Por: Paula Francinete Rubens de Menezes - Educadora, Escritora e Presidenta do IGH - Instituto Geográfico e Histórico de Petrolândia

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