Reflexão sobre a cidade e a História que queremos contar às novas gerações
O IGH de Petrolândia vem a público parabenizar a Câmara de Vereadores pela aprovação dos projetos de lei dos vereadores Joilton e Fabrício Cavalcante, respectivamente responsáveis pela nomeação de uma escola a ser construída na quadra 5 e pela renomeação da Biblioteca Municipal Barão de Mauá. Ambas em homenagem ao mestre Gilberto de Menezes.
Há muito o nome de um prédio público da cidade não guardava tamanha coerência entre homenageado e a atividade a qual se destina. Afinal, ninguém melhor do que um professor, com vida dedicada à educação e à história, para dar nome a uma biblioteca e uma escola da cidade a qual dedicou sua vida.
Por outro lado, é revoltante ver espaços públicos reverenciando pessoas, apesar de respeitáveis e queridas, sem nenhuma representatividade comunitária ou serviço prestado, a título de agradar famílias de poderosos ou detentoras de grande número de votos.
Não se discute a legitimidade de se desejar ter um ente querido publicamente reconhecido, mas é imprescindível haver vinculação entre a finalidade do espaço público e o condecorado. Caso contrário o tributo, além de surtir efeito inverso, transforma-se em afronta aos que, por mérito, deveriam receber tal condecoração, e ao povo da cidade que vê sua história sendo esquecida por falta de visibilidade
É lamentável, mas isso tem acontecido em Petrolândia. Onde estão as homenagens ao Dr. Ely Jaldes, responsável pela saúde e educação sanitária de várias gerações de petrolandenses? Onde está o reconhecimento à memória de Eraldo, do Polo Sindical, com vida dedicada à luta dos trabalhadores que resultou na Petrolândia que hoje temos?
Mas, ainda há tempo. É animador ver a Câmara reverenciar o nome do Professor Gilberto. No entanto, faz-se urgente e necessário normatizar critérios que norteiem os legisladores quanto às indicações dos nomes de ruas, prédios e praças públicas, para que se dê “a César o que é de César ” e assim tenhamos uma cidade capaz de contar sua própria história.
As ruas das nova Petrolândia receberam o nome de matriarcas e patricas das famílias originárias da antiga cidade. Faz sentido e é louvável que assim tenha sido. Uma justa homenagem aos que não tiveram a chance de viver na cidade para onde seus filhos tiveram que seguir. Foi a forma encontrada para se deixar registrado, de público, as raizes identitárias desse povo.
Mas, isso justifica continuar a nomear as ruas e espaços públicos com nomes de falecidos, de cada familia, eternamente? Que história a cidade estará contando a partir de agora?
São questões a serem debatidas e definidas de modo a padronizar esse tipo de homenagem. O que não se pode é permitir que cada um decida, segundo os seus critérios.
Paula Francinete Rubens de Menezes
Presidente do IGH de Petrolândia
Há muito o nome de um prédio público da cidade não guardava tamanha coerência entre homenageado e a atividade a qual se destina. Afinal, ninguém melhor do que um professor, com vida dedicada à educação e à história, para dar nome a uma biblioteca e uma escola da cidade a qual dedicou sua vida.
Por outro lado, é revoltante ver espaços públicos reverenciando pessoas, apesar de respeitáveis e queridas, sem nenhuma representatividade comunitária ou serviço prestado, a título de agradar famílias de poderosos ou detentoras de grande número de votos.
Não se discute a legitimidade de se desejar ter um ente querido publicamente reconhecido, mas é imprescindível haver vinculação entre a finalidade do espaço público e o condecorado. Caso contrário o tributo, além de surtir efeito inverso, transforma-se em afronta aos que, por mérito, deveriam receber tal condecoração, e ao povo da cidade que vê sua história sendo esquecida por falta de visibilidade
É lamentável, mas isso tem acontecido em Petrolândia. Onde estão as homenagens ao Dr. Ely Jaldes, responsável pela saúde e educação sanitária de várias gerações de petrolandenses? Onde está o reconhecimento à memória de Eraldo, do Polo Sindical, com vida dedicada à luta dos trabalhadores que resultou na Petrolândia que hoje temos?
Mas, ainda há tempo. É animador ver a Câmara reverenciar o nome do Professor Gilberto. No entanto, faz-se urgente e necessário normatizar critérios que norteiem os legisladores quanto às indicações dos nomes de ruas, prédios e praças públicas, para que se dê “a César o que é de César ” e assim tenhamos uma cidade capaz de contar sua própria história.
As ruas das nova Petrolândia receberam o nome de matriarcas e patricas das famílias originárias da antiga cidade. Faz sentido e é louvável que assim tenha sido. Uma justa homenagem aos que não tiveram a chance de viver na cidade para onde seus filhos tiveram que seguir. Foi a forma encontrada para se deixar registrado, de público, as raizes identitárias desse povo.
Mas, isso justifica continuar a nomear as ruas e espaços públicos com nomes de falecidos, de cada familia, eternamente? Que história a cidade estará contando a partir de agora?
São questões a serem debatidas e definidas de modo a padronizar esse tipo de homenagem. O que não se pode é permitir que cada um decida, segundo os seus critérios.
Paula Francinete Rubens de Menezes
Presidente do IGH de Petrolândia
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