quinta-feira, setembro 16, 2021

Em Pernambuco, seis pessoas são presas em operação que investiga fraudes em benefícios do INSS com prejuízo de R$ 27,6 milhões

Dinheiro apreendido pela Polícia Federal durante operação contra fraudes em Pernambuco — Foto: Polícia Federal/Divulgação

A Polícia Federal em Pernambuco prendeu seis pessoas, nesta quinta-feira (16), na operação Clepsidra, desencadeada contra uma quadrilha suspeita de causar prejuízo no valor de R$ 27,6 milhões através de fraudes em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os nomes dos presos não foram divulgados.

Os mandados de prisão, sendo uma delas domiciliar, foram emitidos pela 23ª Vara da Justiça Federal em Garanhuns, que também autorizou que fossem feitas buscas e apreensões em 13 endereços.

Foram cumpridos mandados em Águas Belas, Garanhuns e Caruaru, no Agreste, e no Recife, com apreensão de uma quantia em dinheiro não divulgada, entre outros materiais.

Policial federal durante cumprimento de mando contra suspeitos de fraude previdenciária — Foto: PF/Divulgação

A Justiça também determinou que o INSS bloqueasse 225 benefícios previdenciários suspeitos de fraude e emitiu quatro mandados de medidas cautelares diversas de prisão.

Segundo a PF, o inquérito policial que resultou na operação desta quinta-feira descobriu que um grupo estava recebendo benefícios previdenciários após a morte de segurados e através da falsificação de documentos para a criação de pessoas fictícias.

A Polícia Federal afirmou que os integrantes, em sua maioria, moravam em Águas Belas, no Agreste, e praticavam crimes em cidades pernambucanas e também de outros estados do Nordeste, mas não detalhou quais.

Em nota, os investigadores explicaram que a quadrilha era dividida em núcleos:

Os fraudadores, que exercem a liderança e a coordenação das ações do grupo;

Os falsificadores de documentos, que são os responsáveis pela “criação” de pessoas fictícias;

Os “idosos de aluguel”, que utilizam as identidades falsas em nome de terceiros inexistentes para sacar o dinheiro;

Os distribuidores, que compram e revendem parte dos cartões de benefícios obtidos mediante fraude.

Os investigados pela operação devem responder, de acordo com as participações, por obtenção fraudulenta de benefícios previdenciários e assistenciais, mediante falsificação de documentos públicos; uso de documentos falso; estelionato majorado; lavagem de dinheiro e pertencimento a grupo criminoso, segundo a PF.

A investigação teve apoio da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério de Trabalho e Previdência.

Até a última atualização desta reportagem, a PF não havia divulgado balanço sobre o material e os valores apreendidos durante o cumprimento dos mandados, nem informado para onde os presos foram levados.

Por G1 PE

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