terça-feira, setembro 21, 2021

Anvisa diz que não há relação entre vacina da Covid-19 e morte de adolescente



A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, nesta segunda-feira (20), que não houve “relação causal entre a administração da vacina e o evento adverso investigado”, referindo-se à morte de uma adolescente que foi vacinada contra a Covid-19, no estado de São Paulo, com o imunizante da Pfizer.

Em encontro com o intuito de obter mais informações em torno da investigação, representantes da área de Farmacovigilância da Anvisa concluíram que “os dados apresentados durante a reunião foram considerados consistentes e bem documentados, indicando a ausência de relação causal entre a administração da vacina e o evento adverso investigado”.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, uma doença denominada “Púrpura Trombótica Trombocitopênica” (PPT) foi a causa do óbito.

“A PTT é uma doença autoimune, rara e grave, normalmente sem uma causa conhecida capaz de desencadeá-la, e não há nenhum relato técnico até o momento que aponte este quadro como evento adverso pós-vacinação após primeira dose de uma vacina contra COVID-19 de RNA mensageiro, como é o caso da Pfizer”, diz a nota.

Investigação

O relatório de investigação elaborado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo foi recebido pela Anvisa na noite do último domingo (19), com detalhes de todo o processo de avaliação que concluiu não ser possível atribuir diretamente o óbito à vacinação, informou a agência reguladora.

“A comitiva da Anvisa foi recepcionada pela Coordenadoria de Controle de Doenças – CCD da Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo, que é o órgão responsável por recomendações e adoção de medidas de prevenção e controle de doenças e agravos em saúde. Também participou da reunião especialista em farmacovigilância representando o Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde”, disse a Anvisa.

Agora, a Anvisa irá notificar o caso à Organização Mundial da Saúde (OMS) para avaliação quanto a qualquer possível sinal de segurança.

Segundo a Anvisa, os achados apontam para a manutenção da relação benefício versus risco para todas as vacinas autorizadas no Brasil, ou seja, “os benefícios da vacinação excedem significativamente os seus potenciais riscos”.

Anna Gabriela Costada CNN
em São Paulo

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