Gilson Machado Neto solicitou encontro para definir ações para desenvolver a visitação no local. Crédito: Roberto Castro/MTur
Os ministros do Turismo, Gilson Machado Neto, e de Minas e Energia, Bento Albuquerque, se reuniram nesta terça-feira (24.08) com o presidente da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), Fábio Alves, para destravar gargalos que impedem o fomento das atividades turísticas na região dos cânions do Xingó, na barragem do Rio de São Francisco. A região tem grande potencial para o turismo e impacta diretamente quatro estados: Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe.
No início de agosto, o ministro Gilson Machado Neto esteve na região para reuniões com o trade turístico e para ouvir as demandas do setor. Ele foi acompanhado de representantes da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e da Embratur. Durante a agenda, algumas questões que impactam o desenvolvimento do turismo foram levantadas, como a impossibilidade do uso de estruturas turísticas dentro da Chesf; a necessidade de recuperação de um hotel na área da Companhia; a construção de uma praça para atrair turistas e beneficiar moradores da região, que é formada por nove municípios de quatro estados; e a liberação de píeres para fomento do turismo náutico.
Em Delmiro Gouveia, existe a intenção de revitalizar e reabrir o complexo turístico e histórico de “Angiquinho”, que abriga a segunda Usina Hidroelétrica construída no Brasil e primeira do Nordeste. O complexo ocupa uma área aproximada de 180 hectares, sendo 30 hectares condicionados aos equipamentos de visitação e atração turística como: a furna do morcego, museu, anfiteatro e antiga Usina Hidroelétrica. Desde 2016 o complexo encontra-se fechado para visitação, estando em posse da Chesf, que em tratativas com o atual governo municipal pretende conceder a área para administração do município.
O ministro Gilson Machado Neto, que solicitou a reunião, destacou o enorme potencial da região do Xingó. Para ele, esse tipo de turismo apresenta crescente interesse e será um dos pontos altos no pós-pandemia. “Vamos buscar soluções definitivas para o uso de equipamentos da região. Porque, após a pandemia, esses destinos serão muito procurados”, disse. “Não podemos permitir que essa região, uma das mais belas da América Latina, seja prejudicada por questões burocráticas. Nosso objetivo é resolver isso”, afirmou.
Após o encontro desta terça-feira, ficou definida a criação de um grupo de trabalho com MTur, MME, Chesf e Embratur para tratar de cada assunto de forma específica e dar celeridade às resoluções de gargalos. “Nenhum país no mundo se compara ao Brasil em termos de turismo de natureza e turismo náutico. Vamos debater essas demandas nos próximos dias para dar uma resposta ao trade e aos turistas da região que foram muito prejudicados pela pandemia”, ressaltou.
VISITAS TÉCNICAS – No começo do mês, a comitiva do governo federal esteve em Paulo Afonso (BA), onde o ministro do Turismo participou da apresentação do programa de regionalização de Lagos e Cânions de São Francisco e da retomada do turismo da cidade. O ministro também realizou visitas técnicas em Canindé do São Francisco (SE) e Petrolândia (PE), onde se reuniu com operadores do segmento de turismo náutico.
Depois, esteve em Piranhas (AL), onde conheceu pontos turísticos da cidade e se encontrou com operadores de turismo para tratar da utilização das áreas pertencentes à Chesf. Em Petrolândia, por sua vez, Machado Neto participou de encontro com representantes dos setores de turismo e da cultura.
Por Rafael Brais
Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo
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