quinta-feira, agosto 12, 2021

Governo do Estado confirma dois casos da variante Delta em pernambucanos

Pacientes moradores dos municípios de Abreu e Lima e Olinda, na Região Metropolitana do Recife, apresentaram primeiros sintomas de quadro leve no dia 15 de julho, e evoluíram para cura (Foto: Heudes Regis/SEI)

O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), informou, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (12.08), que o sequenciamento genético das amostras de pacientes positivos para a Covid-19 feito pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz PE) confirmou dois casos da variante Delta, originária da Índia. Essa é a primeira vez que essa cepa é identificada em pacientes pernambucanos. São dois homens residentes na Região Metropolitana do Recife – um em Abreu e Lima, com 24 anos, e outro em Olinda, com 49 – que tiveram o início dos sintomas no dia 15 de julho.

Os pacientes foram notificados no sistema e-SUS, voltado para os casos leves da doença, sem necessidade de hospitalização, e evoluíram para cura. No entanto, a área técnica da SES-PE já determinou a investigação epidemiológica nos dois municípios, para identificação de possíveis contatos. Caso existam casos interligados, haverá atuação para quebrar a cadeia de transmissão.

A SES informou ainda que dará todo o apoio necessário, também na verificação se já há transmissão comunitária (quando não é possível identificar a origem da contaminação) da variante Delta no território pernambucano. Segundo o secretário estadual de Saúde, André Longo, a identificação dos pacientes só reforça a necessidade de manutenção do cuidado e a importância de avançar na vacinação, que deve ter o esquema completo com duas doses.

Nessa análise preliminar, a SES-PE já identificou que os homens tomaram a vacina contra a Covid-19, o que pode ter auxiliado para que os sintomas fossem leves. De acordo com o sistema de informação do Ministério da Saúde, o homem de 24 anos completou o esquema vacinal em março, com a vacina da Coronavac/Butantan, e o de 49 anos fez a primeira dose da Pfizer em meados de maio.

“A vacinação é uma estratégia de saúde coletiva e nenhum imunizante tem 100% de eficácia. Por isso, precisamos do maior número de pessoas vacinadas, bem como a manutenção dos cuidados, para diminuir a circulação do vírus e garantir proteção a todos. As vacinas comprovadamente protegem e podem salvar a sua vida”, reiterou André Longo, alertando para o cronograma da segunda dose.

O pediatra Eduardo Jorge, representante regional da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), participou da coletiva e garantiu a segurança e eficácia das vacinas atualmente em uso no Brasil. “Sabemos que para essa variante, o escape da resposta da vacina é um pouco maior do que as cepas anteriores, e que é importantíssimo ter as duas doses”, ratificou.

RELATÓRIO – Das 52 amostras biológicas analisadas pelo Instituto Aggeu Magalhães, 49 (94%) apresentaram a variante Gama (P.1), que também foi predominante nos trabalhos anteriores. Além dos dois casos da Delta, uma apresentou a variante B.1, que não é considerada de preocupação.

“O que tem se observado é que a introdução da variante Delta tem sido mais lenta em outros locais. Atribui-se que, pela presença da variante P.1, temos uma competição entre as cepas. Por isso, não é tão simples a predominância da variante Delta, ainda mais em um cenário de expansão da vacinação”, explicou André Longo, acrescentando que com base nesses casos detectados agora, que são do mês de julho, é possível perceber que, se houvesse um surto da Delta os indicadores, que estão em queda, já apresentariam alguma diferença. Anteriormente, o Aggeu Magalhães havia identificado cinco casos da variante Delta, mas em tripulantes filipinos de um navio, que precisou atracar no Estado para que recebessem atendimento médico.

André Longo anunciou ainda que a rede pública de saúde do Estado tem, neste momento, a menor quantidade de pacientes com suspeita ou confirmação da Covid-19 desde maio do ano passado. Ao todo, são cerca de 510 pessoas. Isso é resultado da progressiva redução dos indicadores da doença no Estado.

SEI

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