terça-feira, agosto 03, 2021

Dia nacional da saúde: as fakenews estão tão boas como um roteiro de série, mas nem Black Mirror nem Arquivo X, está na hora de conhecer a verdade

Felipe Magalhães, especialista em clínica geral, nefrologista e coordenador de conteúdo do Jaleko, estreia no canal da plataforma um quadro sobre esses mitos da medicina que são um desserviço, principalmente para os estudantes da área de saúde

Às vezes é impossível de acreditar, mas a apuração de 2020 é que pelo menos 79 denúncias foram feitas contra médicos e enfermeiros que foram acusados de disseminar fakenews em plena crise sanitária do Coronavirus. Deste total, 40 casos foram abertos para sindicâncias. Para o levantamento, o portal G1 entrou em contato com as assessorias de todos os 27 conselhos regionais de medicina e de enfermagem.

Felipe Magalhães, especialista em clínica médica e coordenador de conteúdo da maior plataforma de streaming para estudantes de medicina - o Jaleko, vê a importância de ensinar os futuros médicos e a população, sobre o cuidado com a informação.

E para comemorar o Dia Nacional Saúde no Brasil (05/08), Magalhães estreia seu programa no Youtube do Jaleko e desvenda muitos dos mistérios da medicina que foram disseminados de forma errônea e perigosa.

Já faço o programa Listas Jaleko dentro do canal, que de certa forma desmistifica alguns pontos, mas quando vi o tanto de informações equivocadas que estão à solta na internet, mesmo antes do COVID-19, percebi a importância desse novo passo para para os estudantes de medicina, profissionais da saúde e sociedade. Os assuntos serão os mais diversos como: infarto em jovem mata mais, vitamina C para gripe, hipotiroidismo gera obesidade, entre outros. – Felipe Magalhães

E para completar, o especialista em clínica médica, também desvenda as maiores Fakenews da pandemia:

- Vírus criado em laboratório: em algum lugar um virologista levantou essa questão, e apesar do governo Chinês negar e as evidencias científicas mostrarem que não é o caso, as pessoas insistem em compartilhar. Esse contexto leva parte da população a não querer se vacinar com a CoronaVac, produzida pela chinesa Sinovac.

- Mascaras oferecem riscos à saúde: asfixia por retenção de gás carbônico. Essa é uma das fakenews mais perigosas também. Não é real, claro, pois as máscaras são porosas, deixando espaço para que a pessoa consiga respirar, mas evitando as gotículas de saliva externas. Existem diversos atletas mostrando como é possível fazer esportes com elas, além, é claro, dos próprios médicos que realizam cirurgias que as vezes passam de 8 horas sem tirar as máscaras.

- Cloroquina: uma briga eterna no país. A hidroxicloroquina é um medicamento contra malária e, por vezes, é ministrado em pacientes com algumas doenças autoimunes. Porém, até a Organização Mundial de Saúde, e agora até o Ministério da Saúde do Brasil, já atestaram a ineficácia, portanto, não é recomendada como tratamento precoce e a pessoa só está ingerindo medicação sem resolver o problema.

- DNA humano e microship: Por favor, nós não estamos em um capítulo de BlackMirror nem Arquivo X. Portanto, vacina boa é vacina no braço. Nosso DNA é alterado por um monte de coisas o tempo todo, e nosso corpo inclusive possui mecanismo de correção. Agora, microship com bluetooth que tem todas as nossas informações e passa para grandes empresas chama-se celular, e não vacina.

- O novo coronavírus não resiste ao calor: O problema é que até uns 50 ou 60 graus célsius ele resiste bem, então não é um solzinho de 30 ou 40 graus que vai matar, portanto, não adianta aglomerar na praia. E lembre-se que mesmo no sol a nossa temperatura interna se mantém relativamente estável, ou seja, em média entre 36º e 37º.

Fonte:
Felipe Magalhães – clínico geral e diretor científico do Jaleko.

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