Os parentes relatam as diversas situações de desrespeito, preconceito e constrangimentos em situações que necessitam de acesso à serviços públicos, realização de cadastros, e situações comuns de desrespeito pela condição de viver fora do território de origem, especialmente em contexto urbano.
O momento também representa o diálogo entre gerações. Dos indígenas participantes da reunião, estiveram presentes famílias indígenas com suas crianças, jovens, adultos e idosos.
Alguns participantes apresentaram seu relato de vida, como saiu de casa, da aldeia para viver na cidade, no contexto urbano. São histórias de luta, busca por trabalho, acesso à diversidade que a margem do Rio oferecia.
Entre as histórias de vida compartilhadas, destacaram-se os momentos em que as mudanças ambientais, a construção da nova cidade impactaram no conjunto da vida indígena nesta região.
A fala das mulheres indígenas enfatiza a história de luta, da resistência e apoio para a organização cotidiana da vida coletiva, o agrupamento das famílias no urbano e em assentamentos rurais significa a proteção e a força do cuidado.
Como encaminhamento, foi indicada uma comissão para documentar e organizar as atividades do grupo.
Definimos como principais demandas para avançarmos, neste momento:
1. Na defesa dos direitos próprios da afirmação da identidade étnica;
2. Na luta pela superação dos preconceitos e sinais de racismo institucional que atinge, fere a vida indígena e bloqueia o acesso às políticas sociais de indígena que encontra-se na cidade;
3. No diálogo, trabalho e apoio com as lideranças tradicionais do nosso povo e pautar junto ao poder municipal e Funai, a realização do mapeamento quantitativo e diagnóstico situacional das condições de vida e acesso às políticas públicas no município de Petrolândia/PE.
Estamos aqui e sabemos de onde somos, porque viemos, mas permanecemos vinculados por nosso sangue, pela cultura, nossas crenças e pelos nossos costumes. Somos Indígenas Pankararu, no campo e na cidade! nossa força ancestral e nossa fé nos guia e nos protege por onde formos!
Seguem as fotos da reunião:
Agradecemos aos parentes das nossas aldeias de origem pelo apoio que tem nos dado, pelo incentivo para realização desse momento e ao Padre Luis Augusto pelo espaço cedido.
Por Blog de Assis Ramalho
Texto: Elizângela Cardoso, Assistente Social, indígena Pankararu moradora de Petrolândia
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